Esportes | 23/09/2011 16h41min
Marcado pelos mil dias até a Copa de 2014, o mês de setembro esquentou o Gre-Nal dos estádios. De um lado, os pilares da Arena seguem subindo em ritmo veloz, realimentando cada dia mais o sonho do Grêmio de sediar o Mundial. De outro, há um Beira-Rio estagnado em relação às obras, mas protegido com devoção por uma direção confiante. Segundo o Inter, não há chance de haver outro estádio para 2014 em Porto Alegre senão a casa colorada, escolhida como estádio-sede pela Fifa.
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O otimismo tricolor se baseia nos números. Os trabalhos no bairro Humaitá estão 34% concluídos. A expectativa do Grêmio é chegar ao fim de 2011 com metade da obra finalizada. Para isso, vai quase dobrar o número de funcionários até dezembro — dos atuais 1,2 mil para 2 mil operários, em turnos que, somados, cobrem 15 horas do dia. O gramado a vácuo, exigência da Fifa no Beira-Rio e que demora para ser trocado, será plantado no Humaitá.
No dia em que o clube comemorou seus 108 anos, em 15 de setembro, foi aberto ao público o Espaço do Torcedor na Arena. É a chance de o gremista conferir de perto o terreno do seu futuro lar.
Aos colorados que desejam conferir as obras de modernização do Beira-Rio, basta uma rápida passada pelo estádio em dia de jogo. Já é possível notar alguns lances da estrutura das arquibancadas novas, mas nada animador. Afinal, os trabalhos estão há mais de dois meses interrompidos. Para as máquinas voltarem a funcionar, é preciso que o Inter oficialize a parceria com a Andrade Gutierrez. O presidente Giovanni Luigi afirmou que, em outubro, o acordo com a construtora deverá ser firmado.
O presidente da Comissão de Obras e vice de futebol, Luís Anápio Gomes, tratou de frear a expectativa gremista de abocanhar a sede da Copa, pertencente ao Inter. Garantiu o Beira-Rio para o Mundial e também para a Copa das Confederações de 2013. Mas o prazo para esta última é apertado. Estima-se que as obras sejam concluídas apenas em março de 2013, a três meses da competição, o que preocupa a prefeitura da Capital. Na Fifa, não há plano B. Se o Beira-Rio não estiver apto em 2013, Porto Alegre perde a sede da Copa das Confederações.
> O que eles dizem:
"Não estamos em disputa com o Inter. Mas a nossa obra está bombando e, se a Fifa precisar, estaremos prontos", Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos
"Ou a Copa ocorre no Beira-Rio ou não ocorre em Porto Alegre", Luís Anápio Gomes, presidente da Comissão de Obras e vice de futebol do Inter,
"A nossa cidade era favorita. Não é mais", José Fortunati, prefeito de Porto Alegre, sobre o risco de Porto Alegre perder a Copa da Confederações de 2013.
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