Ele já fez 1001 jogos pelo São Paulo e marcou 103 gols. Muitos títulos e o reconhecimento como o maior ídolo da história do clube. Tudo isso traz uma expectativa sobre como será o dia em que Rogério Ceni, maior goleiro-artilheiro da história, vai parar de jogar futebol. E até para o próprio Mito, como passou a ser chamado pelo torcedor, a sensação é complicada.

Nesta segunda, em entrevista ao "Bem, Amigos!", da Sportv, o capitão falou sobre a aposentadoria e externou sensações distintas. Primeiro, deu a entender que já se sente pronto para o momento, embora ressalte que só tomará a decisão quando realmente não tiver mais motivação para jogar.

- Eu não tenho medo de chegar (a aposentadoria). Porque vivo o dia de hoje. Isso aqui é minja vida, é como você parar de comentar. Muda muito a cada 90 minutos – afirmou.

Em seguida, o capitão foi mais enfático com relação ao assunto e comparou a sensação com a maior perda para o ser humano. O da própria vida.

– Vai ser muito dolorido. É algo semelhante à morte. Eu acredito que muito provavelmente possa ser em dezembro do ano que vem – disse Ceni, referindo-se à data do término do seu contrato com o São Paulo.

Na última quarta-feira, o goleiro completou mil jogos com a camisa do clube e ganhou uma grande homenagem, para mais de 60 mil pessoas no Morumbi. No fim, ele ainda viu sua equipe bater o Atlético-MG por 2 a 1 e virar líder do Brasileirão.

– O São Paulo é meu time de coração. Foi uma festa muito organizada. Ninguém tem obrigação de fazer isso para o funcionário e mesmo assim foi completa – comentou Ceni.