Torcedores e jogadores de Figueirense e Avaí protagonizaram neste domingo, no Orlando Scarpelli, um verdadeiro espetáculo de elite. Nada mais justo para Figueirense e Avaí que se enfrentaram pela primeira vez nesse formato de Brasileirão na elite do futebol brasileiro. Nas arquibancadas, muita vibração. Dentro de campo, pressão, dribles, defesas incríveis e, claro, gols. William provou que o Orlando Scarpelli é o seu playground. Durante a semana o atacante azurra disse que é ''muito bom fazer gol no Scarpelli". Deve ser, sem dúvida. Afinal ele anotou dois gols e decretou o triunfo do Leão em cima do rival. Lincoln marcou o primeiro gol do Avaí. Ygor e Júlio César anotaram os gols do Figueira. Com a vitória, o Avaí chega aos 17 pontos na 18ª posição. O Figueirense fica em 10º com 26.

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Furacão alvinegro
O Figueirense começou em cima. Jogando com o time adiantado, Jorginho fez com que o alvinegro forçasse o erro do Avaí. Deu certo. O meio-de-campo azurra deva espaço para Ygor, Maicon e Elias tocarem a bola. Pelos flancos, Bruno, de novo, deu um show. Chegava na frente com extrema facilidade. O time do Avaí estava acuado. Preso no campo de defesa. Os jogadores não conseguiam trocar mais do que três passes sem que um alvinegro aparecesse. Júlio César, aos 2 minutos, deu o primeiro chute contra o gol de Felipe. A pressão seguia intensa. Numa cobrança de falta de Elias, na entrada da área, o goleiro do Leão espalmou. Num levantamento pra área, Ygor cabeceou para dentro da pequena área. Edson Silva, sem cacoete de atacante se atrapalhou e deixou com que o zagueiro avaiano chegasse pra afastar.


Gols, pênalti e novo clássico
Num dos raros momentos em conseguiu avançar ao campo de ataque, o Avaí deu um susto grande no Figueirense. Lincoln deu um passe para Acleisson. O volante nem pestanejou: mandou uma bomba. A bola explodiu na trave. O relógio marcava 15 minutos. Logo em seguida, o Figueirense abriu o placar. Maicon bateu escanteio, Gustavo Bastos errou a marcação e Ygor cabeceou forte: 1 a 0. O Avaí respondia com bolas de longa distância. A torcida alvinegra, eufórica, via o seu time dominar a partida. Aos 25 minutos, Bruno passou como um foguete na direita. Ele chegou na frente e cruzou para a área. Júlio César dominou dentro da área e quando armava o chute sofreu a falta. Pênalti. Júlio César pegou a bola, colocou debaixo do braço, resiprou fundo e assumiu a responsabilidade da cobrança. Ele correu pra bola e chutou pra fora. No tiro de meta cobrado por Felipe, começava um outro clássico.




Confiança azurra
O pênalti perdido deu moral ao Avaí. O time avançou a marcação, passou a diminuir os espaços para o toque de bola do Figueirense e colocou Wilson para trabalhar. Mais compacto, o Leão chegava organizado na cara do gol. Acleisson chutou de frente pra área. Wilson espalmou. Aos 33, Lincoln cabeceou à queima-roupa. Wilson defendeu. Na insistência e com o Figueirense abatido, o Avaí empatou. O estreante Lincoln, aos 38, com um toque sutil de cabeça, após cruzamento de Arlan, venceu o goleiro alvinegro: 1 a 1.



Figueira na frente
A torcida do Figueirense sentiu o mau momento do time e passou a cantar nas arquibancadas. Dentro de campo, a equipe reagiu. Num tremendo bate-rebate dentro da área, o alvinegrou voltou a ficar na frente. O Figueirense jogou a bola pra área. Júlio César, na pequena área, bateu na trave. No rebote, ele chuta em cima de Felipe. O goleiro espalma, a bola volta no Júlio César e entra: 2 a 1.



Jogo aberto
O Avaí começou o segundo tempo em cima. Saindo pro jogo. Com isso, os espaços para os contragolpes do Figueirense apareceram. Aos 4 minutos, Júlio César recebeu passe de Maicon. Ele invadiu a área e bateu por cima. Quatro minutos depois Maicon fez tudo certo. Driblou o zagueiro e chutou. A bola fica no zagueiro.

O playground de William
O Avaí retomou uma bola no campo de defesa e saiu em velocidade. Arlan, na direita, invadiu a área e cruzou na medida. William, como um Leão predador, chegou rasgando e estufou as redes de Wilson: 2 a 2. O jogo ficou totalmente aberto. Jorginho e Toninho Cecílio, nos camarotes, mudaram as peças. Fernandes entrou com muita vontade. O Figueirense perdeu várias oportunidades. Aos 28, Júlio César invadiu a área e cruzou rasteiro. Felipe erra, mas Somália também. A bola não entrou. Numa sequência maluca, com direito a bola na trave dentro da pequena área após cabeceio de Edson Silva, a torcida avaiana respirou fundo e aliviada. Ela nem imaginava o que viria a acontecer no minuto seguinte. Aos 41 minutos, numa bola parada, o predador William marcou o gol da vitória. Romano cobrou falta na medida para o cabeceio mortal do artilheiro azurra. De novo, o Leão e especialmente William se divertiram no Scarpelli.




Ficha técnica
FIGUEIRENSE  (2)
Wilson; Bruno, João Paulo, Edson Silva, Juninho; Ygor, Túlio (Pittoni), Maicon, Elias (Fernandes); Wellington Nem (Somália) e Júlio César
Técnico: Jorginho
 
AVAÍ (3)
Felipe; Arlan, Gustavo Bastos, Dirceu, Romano; Bruno, Acleisson (Cleverson), Pedro Ken, Lincoln (Fabiano); Robinho (Diogo Orlando) e William
Técnico: Betinho
 
Gols: Ygor (F), aos 18 minutos, Lincoln (A), aos 38, Júlio César (F), aos 44 do 1º tempo. William (A), aos 14 minutos e 41  do 2º tempo.
Amarelos: Acleisson, Romano, Pedro Ken (A), Bruno e Wellington Nem (F)
Arbitragem: Márcio Chagas da Silva (RS), auxiliado por Carlos Berkenbrock (SC) e Kléber Lúcio Gil (SC).
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Público: 17933
Renda:  R$ 329. 985


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