O pacato Peçanha, preparador de goleiros do Figueirense, marcou seu nome no clube catarinense. Nas décadas de 1980 e 1990 ele defendeu o Figueira em vários clássicos. Hoje vive a expectativa de participar do jogo mais importante entre as duas equipes na sua história. Peçanha é quarto jogador que mais vestiu a camisa alvinegra, com 303 jogos.

Antônio Manoel Peçanha, nascido em Laguna, de 49 anos, chegou ao Figueirense em 1977. Em 1981 chegou aos profissionais, onde, segundo ele, disputou seu clássico mais marcante. Em 20 de junho do mesmo ano entrou no gramado do Adolfo Konder, estádio do rival, para defender o Figueirense pela primeira vez diante do Avaí. O jogo era válido pela Taça Governador do estado e naquele tempo o futebol de Santa Catarina era dominado pelo Joinville, que foi octacampeão catarinense.

O ex-goleiro falou que esse clássico marcou não apenas por ser seu primeiro, mas sim pela importante atuação que teve na partida. O Figueira venceu o Avaí por 2 a 0 e Peçanha fechou o gol.

— Nós ganhamos de 2 a 0 no Adolfo Konder e eu, fazendo uma autocrítica fui bem no jogo — lembrou.

Na ocasião o Figueirense entrou em campo com a seguinte formação: Peçanha, Renato, Reginaldo, Casagrande, Jorge Alemão, Carlinhos, Vacaria, Balduíno, Sebinho, Cabral e Marquinhos. O técnico era Leôncio Abel Vieira.

O goleiro só interrompeu sua passagem pelo Figueirense em uma oportunidade. Em 1985 foi defender o Ferroviário, de Tubarão, mas ficou apenas um ano e depois voltou para o Figueirense. Após encerrar sua carreira, em 1992, Peçanha passou a atuar em no futebol. Em 2001 começou a carreira como preparador de goleiros das divisões de base do Figueirense e em 2005 passou a treinar os profissionais onde está até hoje.

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