| 12/08/2011 08h10min
Uma dupla de dois, com redundância, assim como Avaí e Figueirense, são Miguel Livramento e Roberto Alves. Somados, são mais de 90 anos de crônica esportiva.
Em conversa com a Hora, no Beiramar Shopping, na Capital, local onde ficava o antigo Estádio Adolfo Konder, palco dos primeiros clássicos, os cronistas opinaram sobre futebol, futebol e futebol.
Roberto acorda cedo, por volta das 7h30min, e começa a leitura de jornais. Miguel é diferente, tira a manhã para cuidar dos seus pássaros. No entanto, às 11h se juntam para o Jornal do Almoço e seguem até o fim do Debate Diário, da CBN Diário. Juntar os dois teve um propósito: o clássico do dia 28 de agosto, no Orlando Scarpelli.
Confira a conversa e assista ao vídeo (clique aqui caso não esteja visualizando):
Desempenho dos times
Miguel Livramento – Acho que é cedo para fazer uma avaliação, mas o Figueirense está melhor que o Avaí. O Figueira usa 95% do time que jogou a Série B. Não se esperava muita coisa do Avaí porque foi bagunçado desde o início do campeonato. O Gallo é meio teimoso, tanto que, às vezes, acerta em um ponto e erra nos outros.
Roberto Alves – O Figueirense só cometeu um equívoco que foi tirar o Márcio Goiano, que tinha a cara do clube e era identificado com a torcida. Até porque quem veio não tinha a simpatia do povo brasileiro, não era só da torcida alvinegra. Jorginho era o auxiliar de Dunga.
Sobre o Leão
Roberto – O erro do Avaí foi desmanchar o time e não repor à altura. Tanto que os atletas que saíram chegaram na final da Copa do Brasil com o Coritiba.
Miguel – A primeira coisa que o Avaí tem que definir é um time. Define os 25 jogadores do elenco e vai jogar.
Sobre o Figueirense
Miguel – A torcida do Figueira queria o Fernandes, mas depois que o Elias fez dois gols...
Roberto – Quase que o Fernandes foi colocado para escanteio, só não foi por causa da torcida. O Fernandes ainda tem o que dar ao Figueirense.
Miguel – Ele é vizinho do Roberto, fala com ele todo dia.
Roberto – Mas não falamos de futebol, ele é um cara muito discreto. De futebol eu evito de falar com ele. Fernandes fala de carro, e isso ele gosta muito.
Primeiro clássico
Roberto – Se não foi o primeiro que vi, foi a inauguração da iluminação no Estádio Adolfo Konder (20 de julho de 1951). O Avaí jogou 89 minutos na área do Figueirense, a bola batia em tudo em quanto lugar, mas o Figueira aproveitou um contra-ataque, faltando um minuto, e ganhou por 1 a 0 (gol de Bráulio).
Miguel – No primeiro clássico que eu vi, acho que era em 1960 ou 1962, vim com a delegação do Tamandaré (Miguel jogou a preliminar). Primeiro entrou o Figueirense em campo de camisa preta e branca e eu digo “já vou torcer contra, eu sou Flamengo e não gosto do Botafogo”. E aí entrou o Avaí em campo. O Avaí fez 2 a 0 com o Noronha, um ponta-esquerda que veio para o Figueirense e acabou se transferindo para o Avaí. Depois o Figueira empatou o jogo e no final o Oscar (segundo Roberto: Oscar Rêgo) fez o terceiro e o Avaí ganhou o jogo.
O cara do próximo clássico
Roberto – O clássico é um jogo diferenciado e não vejo ninguém que possa fazer a diferença. É a mesma resposta de 50 anos atrás: clássico é clássico e tudo pode acontecer.
Miguel – Acho que tem esse cara no Figueirense e no Avaí. Hoje, o Elias, pelo que jogou, pode fazer a diferença, ele e o Maicon. No Avaí tem dois jogadores: o William e o Rafael Coelho.
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