O destino da casamata do Inter está nas mãos do xeque. O homem é poderoso. É filho do presidente do país e manda-chuva no Al-Rayyan. Se na reunião que terá nesta quarta-feira com Paulo Autuori ele aceitar liberá-lo, o Inter poderá anunciar o novo técnico. O acerto com Autuori está alinhavado: R$ 300 mil mensais e o direito de trazer Renê Weber, seu auxiliar nas passagens pelo Olímpico e pelo Beira-Rio. Mas tudo depende do xeque.

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O impasse remete ao Grêmio de 2009. Depois de demitir Celso Roth, no início de abril, a direção esperou 40 dias até anunciar Autuori, em 18 de maio. Marcelo Rospide ficou como interino.

Autuori teria autorizado intermediários a tratar com o Inter. Seu contrato com o Al-Rayyan vai até maio – ele chegou em novembro de 2009, direto do Olímpico. No ano passado, montou uma equipe com seis nomes das categorias de base. Neste ano, imaginava um time mais reforçado com estrangeiros para disputar o título em igualdade com os rivais Al Gharafa, Al Sadd e Lekhwiya, o atual campeão.

A grande dificuldade de sair do Catar é a negociação com os xeques. Ela exige sutileza para evitar melindres ou até mesmo gerar contrariedade dos mandatários do país. Autuori descarta sair brigado e pretende deixar as portas abertas. Em julho, quando retornou das férias no Brasil, levou no bolso uma proposta milionária do São Paulo. O xeque se recusou a liberá-lo.

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