| 09/08/2011 15h07min
Diante de mais um escândalo de corrupção no governo Dilma Rousseff, desta vez no Ministério do Turismo, a oposição iniciou nesta terça-feira um movimento para coletar assinaturas em favor de uma CPI da Corrupção para investigar as denúncias em diversos órgãos. A intenção é ampliar o foco para além dos Transportes, que era o objetivo inicial.
Segundo o líder do DEM na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), a nova tentativa poderá ser de uma investigação mista ou apenas no Senado.
— Esses fatos não são isolados. Existe uma corrupção endêmica no governo e para esclarecer isso só existe um caminho que é realizar uma CPI da Corrupção, que pode ser mista ou só no Senado — afirmou.
Segundo o líder do DEM na Câmara, a intenção da oposição é constranger parlamentares do PMDB, PR, PTB, PP e outros citados nas denúncias e assim fazer com que assinem a CPI.
— A forma desses partidos saírem da acusação é assinar a CPI. Todo mundo que não apoiar está fugindo da responsabilidade, inclusive a presidente da República, se realmente está interessada em fazer uma limpeza.
A oposição admite ter dificuldade numérica para conseguir instalar a investigação, mas acredita que a "fragilidade" do PMDB com dois ministros na berlinda — Wagner Rossi (da Agricultura) e Pedro Novais (do Turismo) — pode ajudar na empreitada. Além da CPI, a Procuradoria-Geral da República será acionada para investigar o caso do Ministério do Turismo.
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), informou que fará uma representação pedindo a investigação. Os tucanos tentarão ainda convocar Pedro Novais e o ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage. Para Nogueira, o cotidiano de denúncias de corrupção não pode fazer com que um caso se sobreponha a outro.
— Todo dia tem uma nova denúncia. A exceção não existe mais, a regra é a irregularidade e tudo tem de ser investigado.
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