Dentro das quadras, o basquete joinvilense continua em período de indefinições. Nos bastidores, representantes de entidades vinculadas à modalidade se unem para tentar garantir a continuação do projeto.

A JBA, que representa o basquete adulto da cidade, e a AABJ, que gerencia times de categorias de base, se uniram com a intenção de montar uma entidade única. Enquanto isso, os torcedores da equipe se atrapalham para compreender como essa sopa de letrinhas pode fazer o time sobreviver.

OPINE: Qual a saída para o basquete de Joinville?

A Joinville Basquete Associados (JBA) é a entidade jurídica que existe por trás da equipe profissional. Apesar de seu nome não aparecer com frequência, é a associação que garante os embasamentos jurídicos para Joinville poder participar de competições como o Novo Basquete Brasil (NBB).

A Associação Amigos do Basquete de Joinville (AABJ) é uma organização independente, que tem seu trabalho voltado exclusivamente para a formação de jogadores de categorias de base. As equipes da entidade representam a cidade em competições estaduais e nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, com o apoio da Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej). Além disso, a equipe participa de torneios nos cenários nacional e sul-americano.

As associações oficializaram a união no início de julho. Por questões burocráticas, as duas organizações manterão os seus respectivos nomes até o final do ano. Depois disso, a intenção é fundir as entidades em uma sigla única e fortalecida.

Juntas, elas pretendem correr atrás de novos patrocinadores e formar uma categoria de base forte na cidade. A ideia é que os jovens talentos que surgirem no esporte ascendam ao time adulto, tornando o projeto sustentável a longo prazo.

Primeiro desafio é encontrar novo patrocinador

O primeiro compromisso do basquete joinvilense na temporada será a disputa da NBB sub-21, que começa em 5 de outubro. Mas o que a torcida espera mesmo é a definição sobre a formação do time profissional.

Entre as perdas, a maior foi a saída da Brascola, principal patrocinadora. A diretoria luta para encontrar uma nova empresa que arque com a maior parte dos investimentos.

Sem contrato, os atletas foram acertando com outros times. Gruber foi para o Uberlândia e Coloneze, para o Tijucas. Alguns continuam na cidade.

— Estamos passando por uma readequação orçamentária e todos estão cientes disso —, esclarece o presidente da JBA, Leonardo Roesler.

A diretoria não cita nomes, mas há interesse na permanência dos pivôs Shilton e Tiagão, do ala Audrei e do armador Manteiguinha.

O que também se pretende fazer é incluir os garotos das categorias de base no time profissional.

— Estamos brigando para ter um time qualificado e que também dê espaços para os meninos que estão vindo da base —, afirma Kelvin Soares, da AABJ.