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Esportes  | 30/07/2011 11h10min

Pentacampeã mundial de jiu-jitsu, Kyra Gracie estuda possibilidade de migrar para o MMA

Carioca superou desconfiança da família, que não demonstrou muito entusiasmo quando decidiu seguir a carreira de lutadora

Tomás Hammes  |  tomas.rodrigues@rbsonline.com.br

Um nome, um legado. Quando se ouve falar em Gracie, todos sabem se tratar da família mais tradicional do mundo das lutas. Os irmãos Carlos e Hélio foram os responsáveis por disseminar o jiu-jitsu. Royce e Rickson, filhos de Hélio, são considerados dois dos principais lutadores da história do MMA. Mas não são apenas os homens que têm papel importante. Uma mulher precisou quebrar as barreiras impostas pela própria família e, hoje, se destaca na modalidade, mas não descarta a possibilidade de migrar para o vale-tudo:

– Hoje, eu não sou só Gracie. Eu sou a Kyra Gracie.

Foto: Divulgação

É esse o cartão de visitas da carioca de 26 anos, única mulher da família a competir e faixa-preta. No currículo, não aparecem apenas o belo rosto, a maquiagem e o quimono e as unhas rosa. Há ainda um pentacampeonato mundial de jiu-jitsu e bi do Abu Dhabi Combat Club (ADCC). Em setembro, buscará o terceiro título da competição dos Emirados Árabes.

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Kyra já recebeu convites do Strikeforce e do Japão para seguir os famosos parentes e disputar o MMA. O Ultimate Fighting Championship, principal campeonato do mundo, foi criado por Rorion Gracie, irmão de Rickson e Royce – primos de segundo grau de Kyra. A modalidade cresceu e está cada vez mais popular e rentável. O sobrenome imponente e os resultados ajudam a colocá-la entre as grandes, embora mantenha a cautela. Enquanto não assina com um dos eventos, não projeta enfrentar nomes como a compatriota Cris Cyborg, considerada a maior lutadora do mundo de MMA, e a americana Gina Carano.

Foto: Divulgação

Apesar do sucesso, a carreira de Kyra não foi das mais fáceis. O sonho de lutar a acompanha desde pequena. Se o relacionamento com Rickson, Royce e Renzo "é muito bom e, a família, bem unida", aos 16, quando decidiu que seria lutadora, os parentes não demonstraram muito entusiasmo com a escolha. Pelo contrário:

– Sofri preconceito dentro da própria família quando decidi.

Foto: Divulgação

O sobrenome, embora tenha aberto caminhos e auxiliado na conquista de patrocínios, também pesa. Kyra, focada, mantém uma rotina de treinamentos que vai de seis a oito horas por dia, que englobam jiu-jitsu, judô, bioginástica e boxe. A cada campeonato, a expectativa por representar os Gracie a coloca sob os holofotes:

– É sempre uma responsabilidade, mas já me acostumei com isso.

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