Um aviso ao futuro novo técnico do Inter, ainda de nome desconhecido. O clube tem pressa. A história mostra que os técnicos não conseguem se firmar no Beira-Rio. Na última década, mesmo com grandes títulos (duas Libertadores e um Mundial), o clube já teve 15 técnicos, sendo que quatro deles foram contratados em duas oportunidades. Falcão, último treinador demitido, não conseguiu superar a média desse período, de cerca de seis meses de permanência. Ficou apenas 99 dias.

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A contagem começa com Zé Mário. Contratado em 2000, conseguiu virar a temporada no cargo. Mas, no último ano da gestão Fernando Miranda, no início da década, durou pouco, apenas quatro meses. Depois, Cláudio Duarte e Parreira fecharam 2001 anunciando uma rotina de muitas mudanças no comando técnico do clube nos próximos 10 anos.

Nada que se comparasse ao primeiro ano de Fernando Carvalho como presidente. Quatro técnicos passaram pelo clube em 2002. O time só escapou da segunda divisão na última rodada do Brasileiro. Passado o susto, Carvalho mostrou que aprendeu com os problemas e começou uma profunda renovação no grupo. Apostou nos guris e no talento do técnico Muricy Ramalho, de bom trabalho no Figueirense. Muricy ficou todo o ano de 2003 e precisou voltar em setembro do ano seguinte para arrumar a casa novamente. Foi vice-campeão brasileiro em 2005, fechando mais 15 meses no clube.

Abel Braga e Tite foram os técnicos que mais permaneceram no Inter em uma única passagem. Em 2006, Abel conquistou a Libertadores e o Mundial. Saiu apenas em abril de 2007, após más campanhas no Gauchão e na competição continental. Tite chegou em junho de 2008 e saiu em outubro de 2009. Deixou um Gauchão e uma Sul-Americana na sala de troféus. Cada um se sustentou um ano e quatro meses de casaco vermelho. No Beira-Rio, é quase uma vida.

GRÁFICO: as declarações de Luigi, Siegmann e Falcão