A afirmação de que Juninho Pernambucano é o maior cobrador de faltas de todos os tempos está no livro "How to Score: Science and Beautiful Game" — em português, "Como marcar (gols): ciência e jogo bonito". O trecho que cita Juninho foi escrito pelo físico inglês Ken Bray, da Universidade de Bath, e baseia-se na versatilidade que o jogador do Vasco apresenta na função.

Para quem acompanha futebol — especialmente se for torcedor do Vasco da Gama —, o gol contra o River Plate na semifinal da Libertadores de 1998 (ano em que o time carioca ficou com o título da competição), em Buenos Aires, é o mais lembrado. Mas a carreira do jogador revela um baú cheio de boas recordações quando o assunto é gol em cobranças de falta. E o repertório é vasto.

Segundo o físico, Juninho se destaca por ter a capacidade de bater faltas das três maneiras diferentes possíveis: "topspin", como no tênis; "sidespin", o tipo mais comum, com efeito de lado; e "knuckleball", que tem pouco efeito mas uma movimentação às vezes imprevisível, assemelhando-se a um arremesso de beisebol.

— Existem três diferentes técnicas utilizadas para cobranças de falta no futebol moderno. Eu digo que Juninho é o melhor cobrador de faltas de todos os tempos porque ele pode explorar todas elas. Nenhum atingiu a mesma capacidade técnica de Juninho em ser capaz de aplicar todos os três — disse, em entrevista ao GloboEsporte.com.