O ex-atacante João Leithardt Neto, conhecido como Kita, vive um drama em Passo Fundo, no norte do Estado. Aos 53 anos, o centroavante campeão estadual pela dupla Gre-Nal e vice-campeão olímpico na década de 80 teve o pé esquerdo amputado e está internado em estado grave devido a uma infecção.

— A situação é difícil, mas estamos confiantes. Ele é forte. Se Deus quiser, vai sair dessa — afirma Carmen Leithardt, 55 anos, mulher de Kita.

Kita, no centro e agachado
Foto: João Leithardt Neto, arquivo pessoal

Segundo ela, o problema começou em junho do ano passado, após uma cirurgia para reconstituição dos ligamentos do tornozelo esquerdo. Pai de três filhos, Kita teria retardado o tratamento para cuidar do filho Guilherme, 24 anos, que inspira cuidados especiais após ter sofrido acidente de moto, há dois anos.

— Ele sempre disse que não podia ficar doente porque precisava cuidar do filho — afirma Carmen.

A carreira de Kita começou no Gaúcho, de Passo Fundo, em 1973. Em 1976, ele foi para o rival 14 de Julho. Depois de jogar por Criciúma e Brasil, de Pelotas, ganhou projeção ao ser goleador do Gauchão de 1983, pelo Juventude. No ano seguinte, conquistou o Gauchão pelo Inter.

Kita era bom cabeceador – um centroavante de estilo trombador, mas dotado de técnica e de visão de jogo. Em 1984, quando o Inter foi a base da seleção olímpica, conquistou a medalha de prata em Los Angeles.

Em 1986, Kita foi goleador do Paulistão pela Inter, de Limeira. Na decisão, marcou na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, que garantiu o título inédito. Em setembro daquele ano, mudou-se para o Rio, pois defenderia o Flamengo. Lá, venceria a Copa União de 1987, ao lado de craques como Andrade, Renato, Bebeto e Zico. Kita era reserva.

Depois de passar pela Portuguesa, Kita voltou em 1989 ao futebol gaúcho para jogar no Grêmio e vencer Gauchão e Copa do Brasil. Saiba mais sobre a carreira do ex-atacante na reportagem completa, na edição desta quarta de Zero Hora.

* leandro.becker@zerohora.com.br | mateus.rodighero@rbstv.com.br