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Esportes  | 22/06/2011 07h12min

Técnico Renato mostra seu lado dirigente no Grêmio

Segundo comandante, seu trabalho como treinador sempre incluiu participação nas negociações

Tatiana Lopes  |  tatiana.lopes@rbsonline.com.br

Renato não apenas comanda treinamentos, escala e orienta o time do Grêmio na beira do campo em dias de jogos. Ele também tem participação nas negociações com jogadores. Pelo menos no que diz respeito ao início delas, sugerindo nomes, buscando informações e até entrando em contatos com atletas. As conversas com os dirigentes também são frequentes. Segundo o técnico, seu estilo "manager" não é novidade. Nos outros clubes em que trabalhou como treinador atuava da mesma maneira.

— Alguns jogadores que o Grêmio estava com dificuldade de trazer eu ajudei. Não é se meter, é ajudar. O que vale é a palavra do treinador, a cabeça dele é que está a prêmio — comentou.

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Ao declarar que o Grêmio precisava anunciar pelo menos um reforço até esta quinta-feira, Renato foi questionado se isso era um ultimato à direção. Prontamente respondeu que não, dizendo reconhecer seus limites como treinador.

Nesta última terça, ele passou horas reunido com o diretor de futebol César Cidade Dias para sugerir mais nomes que podem reforçar o grupo a partir dos próximos dias.

— Eu sempre procuro saber do jogador se ele tem interesse em jogar no Grêmio, depois procuro levantar a ficha do jogador. Dou as coisas mastigadas para a diretoria, depois é com eles — explicou.


Foto: Tatiana Lopes


O lado negociador

Se houver a necessidade de entrar em contato com algum jogador, Renato assume a bronca. Ao perceber alguma dificuldade para contratar um atleta desejado pelo clube, ele tenta fazer o que pode.

— Não vejo nada de mal nisso, bem pelo contrário. Quem convoca a Seleção? O treinador. Poxa, como eu queria ter esse poder — considerou.

Em algumas de suas coletivas no Olímpico, o técnico comentou sobre algumas negociações em que teve participação. Quando Adriano estava sem clube, antes de sair da Roma e acertar com o Corinthians, Renato ligou para o atacante.

— O Adriano ainda não estava preparado, voltava de lesão, então nem cheguei a levar isso para a diretoria, morreu ali — disse ele, na ocasião.

O argentino Ezequiel Miralles, contratado recentemente junto ao Colo-Colo, foi sugerido por Renato.

— Meu trabalho é dar a relação de jogadores que eu gostaria, aí é com a diretoria. Ele foi eu que indiquei — admitiu, antes do negócio ser concretizado.

O meia-atacante Carlos Alberto também foi indicado pelo treinador à direção tricolor, que o contratou. Mas este reforço não rendeu o esperado e logo foi demitido. O atacante Jael, que era do Bahia e hoje defende a Portuguesa já foi solicitado por Renato para o grupo do Grêmio, mas não houve avanço.

Além disso, o técnico-dirigente também já tentou trazer jogadores que saíram do clube de volta para o Olímpico. Ele não revela nomes, apenas comenta o que fez.

— Já liguei para um ou outro para trazer de volta, não consegui. Tento fazer o possível, aqui a gente trabalha junto. Procuro usar minha força em todos os sentidos para ajudar.

Dois requisitos são observados pelo treinador quando ele garimpa nomes: o interesse em vestir a camisa tricolor, e também as condições atuais em que ele se encontra, tanto dentro como fora de campo.


Estilo europeu

Na Europa é mais comum encontrar técnicos que atuam também como dirigentes. Casos como os de Alex Ferguson, do Manchester United; José Mourinho, atualmente no Real Madrid; e de Arsene Wenger, do Arsenal, são exemplos. Ao buscar nos sites oficiais dos clubes ingleses o cargo de seus treinadores, a resposta encontrada é "manager".

 

Arsene Wenger
Clube: Arsenal
Estudioso, ele é conhecido pela capacidade de atuar no mercado de transferências. Com os jogadores, desenvolve uma "relação de pai e filho". Segundo o site do clube, Wenger tem participação em todas as áreas que afetam o grupo principal, deste a dieta dos jogadores do plantel.

 

Alex Ferguson
Clube: Manchester United.
É o mais bem sucedido da história do futebol britânico, atuando como treinador e manager. Desde 1986 está no Manchester United e é conhecido como o homem que mudou a história do clube. Quando chegou, o time figurava entre os últimos colocados no nacional. O projeto feito desde a reestruturação da base, com aproveitamento de jogadores que se tornaram consagrados, deu certo e rendeu títulos em sequência.


 

José Mourinho
Clube:
Real Madrid
Além de ser um dos gestores mais bem-sucedidos da atualidade, ele também é um dos mais polêmicos. Desde que chegou ao Real Madrid, em maio de 2010, notícias sobre diferenças de pensamento entre ele e o então diretor geral Jorge Valdano foram veiculadas. Cerca de um ano depois, o dirigente deixou o clube espanhol, abrindo mais espaço para Mourinho. O presidente Florentino Pérez deixou claro após a mudança, que o treinador passava a ter uma autonomia na gestão esportiva do clube assim como acontece com os ingleses.

 

 

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