O sigilo dos orçamentos para as obras públicas da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, determinado na medida provisória 527, que flexibilizou as regras para as licitações dos projetos para os dois eventos, preocupa especialistas e órgãos de controle e chegou a provocar uma reação indignada do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. 

— É pouco dizer que seria uma coisa escandalosamente absurda. Você não pode ter despesa pública protegida por sigilo — afirmou ele na quinta-feira.

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O regime diferenciado de contratações (RDC) é a solução defendida pelo Planalto para acelerar os investimentos para os dois megaeventos. Apenas 7% das obras para a Copa já iniciaram no país. O sigilo sobre os valores dos orçamentos foi incluído pouco antes da aprovação na Câmara da MP 527, na quarta-feira à noite. Tornou-se o último item em uma lista de polêmicas provocadas pelo RDC.

— São preocupantes algumas das alterações. A proposta evidencia a falta de planejamento que vem marcando a preparação dos eventos — disse o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Cezar Miola.

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