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Esportes  | 15/06/2011 08h10min

Árbitro brasileiro no UFC aposta no sucesso do evento no país: "Vocês verão a força do MMA"

Mário Yamasaki não esconde o desejo de ser o responsável pela última luta do dia 27 de agosto

Tomás Hammes  |  tomas.rodrigues@rbsonline.com.br

Entre os protagonistas do Ultimate Fighting Championship (UFC), um brasileiro. Mas engana-se quem pensa nos nomes de Anderson Silva, Wanderlei Silva, Maurício Shogun, Rodrigo Minotauro, Lyoto Machida, os famosos lutadores. Quem comanda o espetáculo no octógono é o paulistano Mario Yamasaki, um dos principais árbitros do evento e confirmado para o UFC Brasil, a ser disputado no dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro. A pouco mais de dois meses do torneio, a ansiedade é grande para Yamasaki, de 47 anos. Afinal, ele quer saber qual luta comandará, embora não esconda o desejo de ser o responsável pela última da noite, a mais importante.

Empolgado com o retorno do esporte ao país após 13 anos, Yamasaki acredita na popularização que o vale-tudo terá no país após o UFC. Para ele, a modalidade foi "lapidada. No começo, era muito brutal". E prevê que a transmissão da Rede TV colocará o esporte no topo.

– Será uma explosão na mídia. Vocês verão a força do MMA.

>>> Para Minotauro, disputar o UFC no Brasil será a realização de um sonho

Nesta quinta-feira, será divulgado o card do evento, quando os torcedores e a mídia conhecerão a ordem e as lutas marcadas para o final de agosto. Se dependesse do paulistano, a luta que ele deseja comandar é a que envolverá a disputa do cinturão dos médios entre o brasileiro Anderson Silva e o desafiante japonês Yushin Okami.

A história do descendente de japoneses no esporte começou em 1988. Foi quando Yamasaki se mudou para os EUA, para dar aula de jiu-jitsu. O negócio, no entanto, não deu certo. O esporte, ainda pouco popular naquela nação, não teve muita aceitação.

– A gente era muito "casca grossa” e batia em todo mundo. Os caras entravam na academia e não voltavam mais.


 

Foto: Divulgação


Atualmente, residindo "em São Paulo e Washington D.C", o brasileiro foi um dos responsáveis pela primeira edição do UFC no país, em 1998. Ele já havia trazido o lutador Dan Severn ao Brasil e entrou em contato com o então presidente, Bob Meyrowitz. Foi o momento de o dirigente comentar sobre sua intenção de realizar o evento aqui:

– Duas semanas se passaram e eu estava com ele (Meyrowitz) no avião – relembra.

Dali para tornar-se árbitro do evento foi um passo. Ao conhecer "todo mundo", Yamasaki conversou com "Big" John McCarthy para saber qual o motivo de ele ser o único do UFC. Na ocasião, o americano informou que estavam atrás de outro árbitro:

– Como tinha experiência (dava aulas de judô e jiu-jitsu), na hora, me ofereci e me aceitaram. Estou até hoje.

 

Foto: Divulgação
 

Seu primeiro campeonato foi o UFC 20, disputado em Birmingham, no Alabama. Arbitrou a luta entre Fabiano Ilha contra Laverne Clark. No mesmo dia, comandou também a disputa entre Wanderlei Silva e Tony Petarra. E é com orgulho indisfarçável que Yamasaki conta sobre a primeira vez que apitou uma disputa pelo cinturão, no UFC 66, em 2006, entre Chuck Lidell e Tito Ortiz (vitória de Lidell):

– Antes, era só o Big John que fazia as finais. Foi muito emocionante.

O paulista comentou também a exposição que teve a luta entre Anderson Silva x Vitor Belfort (vitória de Anderson). Admitiu que, apesar de ser considerado um dos maiores árbitros do mundo - junto com Herb Dean, John McCarthy e Steve Mazagatti -, era pouco reconhecido no Brasil:

– Muitas vezes, estava aqui (Brasil) e as pessoas achavam que eu não era brasileiro.

Agora, a dúvida sobre a nacionalidade verde-amarela já não será uma grande questão. O holofote e a torcida dos brasileiros vão se voltar não só para os lutadores. Mas também para o conterrâneo Yamasaki que será o grande responsável por bancar o espetáculo que quer fazer o UFC ocupar espaço importante no cenário do esporte nacional.

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