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 | 10/06/2011 18h18min

Há dois anos parado, Perdigão disputará segunda divisão paranaense

Aos 33 anos, volante vai jogar pelo São José-PR

Cleiton Eduardo Vicente, ou Perdigão, como é conhecido no futebol, atualmente é volante do São José, no Paraná, e disputa a Segunda Divisão estadual. Com 33 anos, ganhou fama por ser extrovertido, por causa dos cabelos compridos e, também, pelo título de campeão mundial de 2006, pelo Internacional.

Sem atuar há dois anos, Perdigão recebeu um convite do presidente do São José, Marcio José da Silva, e aceitou. Segundo ele, para "unir o útil ao agradável", já que reside próximo do clube, em Curitiba.

— Quem joga futebol vive essa rotina de treinos, o dia-a-dia do futebol, sempre gosta. Desde os 9 anos jogo futebol, e profissional, desde os 16. Procuro unir o útil ao agradável, para me manter em atividade, e fiz esse acordo com o presidente para disputar a Segunda Divisão, que, por sinal, está muito difícil — explicou o atleta, em entrevista exclusiva.

Acostumado a atuar por clubes grandes, como Internacional, Corinthians e Vasco, Perdigão sente a diferença de estrutura que encontra agora no São José.

— Não dá nem para fazer comparações. O São José é uma equipe da região metropolitana de Curitiba, onde se torce pelo Atlético-PR, Coritiba ou Paraná. Isso sem falar na questão financeira. O clube conta com o esforço do Márcio (presidente) para dar os primeiros passos no futebol paranaense — conta o jogador.

Com 17 anos de carreira, Perdigão lembra de sua maior conquista no futebol: o Mundial de Clubes de 2006.

— Demorou um pouco para cair a ficha, mas, na hora, eu só queria extravasar com os companheiros, com a família e os amigos. O mais importante é poder contar isso para seus filhos e netos, que é algo que está na história, como aquele grupo de 2006, e isso não se pode apagar — relembra.

Na final, o Internacional enfrentou o Barcelona e, para muitos, a vitória seria algo quase impossível para o time do Beira-Rio.

— O Barcelona vivia um bom momento, enquanto que, para os estrangeiros, o Inter era conhecido como o time do Falcão, e mais nada. Mas é natural a crítica rotular um favorito. Mas nós, jogadores, sabíamos de nossas capacidades e fizemos por merecer o título mundial.

Perdigão também atuou com a camisa do Corinthians, em 2008, e pode disputar um clássico entre Corinthians e Palmeiras. Questionado sobre qual seria a maior rivalidade, ele não hesitou em responder.

— Sem dúvida, Inter e Grêmio, até por ser uma cidade menor, onde as pessoas ficam mais concentradas. O Beira-Rio também é próximo do Olímpico. E pela tradição do povo gaúcho, que é bem regionalista — declara.

Perdigão também disse que o corpo e a mente já não trabalham mais no mesmo ritmo. Mas mesmo desacostumado com a rotina diária da futebol, ele ainda não deseja se aposentar.

— Voltei por causa do convite do Márcio, mas enquanto ainda tiver aquele prazer de jogar futebol, vou continuar — disse.

E quando esse dia de parar chegar, o volante admite ficar "perdido", no começo, mas já tem ideia do que o futuro pode trazer para ele.

— Não sei fazer outra coisa além do futebol. Talvez possa ser treinador, nunca vou rejeitar essa ideia. Também posso observar novos talentos, ajudar de alguma forma. Todos sabem da importância do esporte como um meio de ascensão social no Brasil, e uma das coisas que quero fazer é desenvolver um projeto dentro do futebol voltado às crianças carentes — finaliza.

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