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 | 09/06/2011 09h13min

Saída de Silas do Avaí estava acertada desde o último domingo

Proposta árabe surpreendeu o ex-treinador do Leão da Ilha

A saída de Silas do Avaí começou a ser desenhada após o primeiro jogo contra o Vasco, pela semifinal da Copa do Brasil, no dia 18 de maio. Nesse dia, o secretário-geral do Al-Arabi entrou em contato com Silas e seu empresário, Adriano Spadoto. Queria saber se o treinador tinha interesse em trabalhar no Catar.

A contratação era uma exigência do sheik Faisal Bin Mubarak Al-Thani, presidente do Al-Arabi, que gostou do perfil de Silas: um profissional jovem (45 anos) e que, em dois anos, chegou às semifinais da Copa do Brasil — primeiro com o Grêmio, em 2010, e, neste ano, com o Avaí.

Imediatamente, Spadoto apresentou a proposta e ouviu do treinador a seguinte resposta:

— Deixa eles virem. Vou pedir um valor que eles não irão pagar.

Silas estava enganado. Dias depois, os árabes insistiriam novamente e com uma proposta tentadora: US$ 500 mil de luvas — cerca de R$ 790 mil — e US$ 250 mil mensais — R$ 395 mil — por um contrato de dois anos. No dia seguinte à eliminação para o Vasco, o Al-Arabi voltou à carga e informou que encaminharia a proposta de forma oficial. Quando ela chegou, Silas quase caiu de costas.

— Ele (Silas) balançou mesmo. Só aí que ele viu que a proposta era real — lembrou Spadoto.

O carinho pelo Avaí e a vontade de permanecer no clube para tocar um projeto a longo prazo deixaram o técnico em dúvida. Spadoto mostrou, então, o documento enviado pelo Al-Arabi ao presidente do Avaí. Zunino adiantou que não poderia cobrir a proposta, embora quisesse manter Silas no cargo. Durante quase uma semana as conversas se estenderam.

O dia D foi no último domingo, em Santos, onde a delegação estava hospedada. Reunidos com a cúpula azurra e o empresário Luiz Alberto de Oliveira, Silas e Spadoto acertaram as bases da saída. Silas ainda pediu um tempo para ouvir pessoalmente seus familiares, que moram em Campinas (SP). Esteve com eles na segunda-feira e aceitou o convite.

Na terça, comandou treino na Ressacada. Aguardou o retorno de Zunino de São Paulo, onde assistiu à despedida de Ronaldo da Seleção Brasileira. Faltava assinar a rescisão, o que ocorreu no início da tarde de ontem. Era o fim da segunda passagem do treinador. Ele ainda fica alguns dias na cidade, curtindo os amigos e espera uma dia voltar.


                    

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