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 | 01/06/2011 08h41min

Ídolo do Cerro Porteño, Gamarra dá a letra para anular Neymar

Ex-zagueiro sobre atacantes brasileiros: 'São sempre iguais. Ficam passando o pé na bola'

Como parar Neymar? A resposta veio com a mesma naturalidade de quando cansou de desarmar grandes atacantes, exibindo a técnica que o consagrou como um dos melhores zagueiros da história.

– Peguei a época de Robinho, a melhor de Ronaldinho Gaúcho, é a mesma coisa, são sempre iguais. Ficam passando o pé por cima da bola. É só deixar fazer isso que dá certo – atestou o paraguaio Carlos Gamarra, , de 40 anos, em certo tom de indiferença com o talento da Joia santista, mas apressado para alertar:

– Mas tem de dar o bote certo, não pode ir no embalo deles.

A declaração soa oportunista, já que o ex-zagueiro paraguaio não pode entrar em campo nesta quarta-feira, quando Cerro Porteño e Santos se enfrentam pelas semifinais da Libertadores, para comprová-la, mas em se tratando do melhor defensor da Copa do Mundo de 1998 sem ter cometido uma falta, é de se respeitar.

Autoridade que o ex-jogador, que fez sucesso no Brasil, onde atuou pelo Inter, Corinthians e Flamengo, usa para gerenciar o pequeno Rubio Ñu, clube de bairro de Assunção, capital paraguaia. Ele conta com a ajuda de Arce, ex-companheiro de seleção paraguaia, e técnico do time.

Em momento de folga, porém, o ídolo da torcida colorada falou sobre o jogo, envolvendo seu time do coração. Ele iniciou a carreira pelo Cerro Porteño, do qual é ídolo, em 1991.

Além de Neymar, apontou os pontos fortes e fracos do Cerro, e garantiu que a pressão será muito maior com relação à primeira fase. Confira o bate-papo:

O que esperar desta partida? Vai torcer pelo Cerro?
O Cerro é meu time do coração. Vai ser um jogo muito difícil para ambos. O Santos não vai encontrar aquela facilidade da primeira fase, quando o Cerro estava desesperado para classificar. Vai ser um Cerro diferente, com estádio lotado e pressão da torcida.

Quem vai vencer?
Será um jogo muito apertado, vai ganhar quem cometer menos erros. Não dá para arriscar, mas espero que vença o Cerro, claro.

Você conseguiria parar Neymar? Como fazer isso?
Eu peguei a época de Robinho, melhor época de Ronaldinho Gaúcho, é a mesma coisa, são sempre iguais. Ficam passando o pé por cima da bola. É só deixar ele fazer isso que dá certo. Só ficar olhando.

Só isso, então?
Mas tem de dar o bote certo, não pode ir no embalo deles. Porque se der o bote errado, vai ficar só olhando o número da camisa. Não dá para marcar só um lado. Tem de ser muito inteligente, deixar ele sair por fora e depois seja o que Deus quiser (risos). O problema é quando ele sai por dentro.

O que acha do Santos?
É bom, mas quando Neymar joga. Senão, é um time normal. Tenho certeza de que se o Cerro controlar Neymar, e sem Ganso, o Santos se perde dentro de campo.

E o ponto forte do Cerro?
O grupo fechado. É um time que corre muito, sempre os 90 minutos, e leva perigo com qualidade para chegar ao ataque também.

E o fraco?
O problema sempre foi atrás, pois a zaga é lenta. Mas hoje está mais entrosada, melhorou muito.

O Cerro de hoje é melhor do que o que você jogou?
O de hoje é forte. Não está bem no Paraguaio, mas na Libertadores, sim. Começou mal, mas melhorou muito na competição.

Seu time, o Rubio, ganharia do Santos?
Essa tem de perguntar para o Arce, que é o treinador (risos).

Como tem sido essa experiência como dirigente?
Está bem, estamos conseguindo incomodar os maiores.

Já pensou em contratar algum jogador brasileiro?
Trabalhamos mais com jogadores da base. Nossa ideia é lançar jogadores, não contratar.

Você nunca venceu a Libertadores. Foi uma frustração?
Acho que foi o título que faltou para a minha carreira.

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