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 | 30/05/2011 17h57min

Secretário da Fifa acusa Catar de comprar a Copa de 2022

Jerome Valcke afirma que houve manobra em e-mail revelado pelo presidente da Concacaf

O presidente da Concacaf, Jack Warner, revelou nesta segunda um e-mail em que o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, acusa o Catar de ter comprado o direito de organizar a Copa do Mundo de 2022. O país árabe foi eleito sede da competição em dezembro no ano passado, mesmo depois de ter seu projeto criticado. Valcke, que confirmou ser o autor da mensagem, cita o caso ao falar da candidatura de Mohamed bin Hammam, mandatário da Confederação Asiática de Futebol (CAF), à presidência da Fifa.

– Sobre Mohamed bin Hammam, nunca entendi porque ele estava se candidatando, se ele realmente achava que tinha uma chance ou se encontrou uma maneira extrema de expressar que já não gosta mais de Joseph Blatter. Ou ele acha que pode comprar a Fifa como eles compraram a Copa do Mundo – disse o secretário-geral.

Horas depois da divulgação da mensagem, Valcke soltou comunicado em que disse ter sido mal interpretado. Segundo ele, o email é "uma forma de expressão 'mais leve'" e, por isso, possui "um tom muito menos formal do que qualquer outro tipo de correspondência."

– Dito isso, quando me refiro à Copa do Mundo de 2022 no e-mail, quero dizer que a candidatura vencedora utilizou sua força financeiras para conseguir apoio. Eles eram um candidato com um grande orçamento e utilizaram-no com peso para promoverem sua proposta ao redor do mundo de maneira eficiente. Não fiz ou tive qualquer intenção de fazer referência a compra de votos ou comportamento antiético similar – afirmou na nota.

Há duas semanas, o deputado inglês Damian Collins revelou um dossiê montado pelo jornal "Sunday Times" em que havia informações a respeito da compra de votos por parte da candidatura do Qatar. Segundo a denúncia, dois membros do Comitê Executivo da Fifa foram subornados. As partes, no entanto, negaram o caso.

Retaliação?

Jack Warner divulgou o polêmico e-mail após ser suspenso preventivamente da Fifa por um mês. O dirigente, que é vice-presidente da entidade, será investigado por suposta participação no suborno de delegados caribenhos. Estes teriam recebido US$ 40 mil (R$ 64 mil) cada para votarem em Mohamed bin Hammam no pleito presidencial da entidade máxima do futebol. Bin Hammam, que seria o único adversário do atual mandatário Joseph Blatter, recebeu a mesma punição. Em meio às denúncias, o dirigente qatariano desistiu da candidatura.

LANCEPRESS
 
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