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 | 13/05/2011 09h55min

Carpegiani pode deixar o São Paulo

Eliminação na Copa do Brasil para o Avaí e desgaste com jogadores podem acarretar a queda do técnico

Com a eliminação nesta quinta-feira para o Avaí, após a derrota por 3 a 1, na Ressacada, a situação do técnico Carpegiani no São Paulo ficou muito complicada. A demissão deve acontecer.

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Carpegiani já não conta com o apoio total do grupo, sobretudo após a saída de Fernandão e Cleber Santana, atletas considerados queridos no elenco, e que não foram aproveitados pelo treinador. Nesta quinta-feira, após a partida, o meia Rivaldo externou toda sua insatisfação e disse que se sentiu humilhado por não ter entrado em campo, mesmo com o Tricolor fazendo as três substituições. Ele abriu fogo contra o treinador, que se defendeu dizendo que no momento adequado é que se evidencia o caráter das pessoas.

— Eu não tenho nada a comentar sobre isso. É um jogador do clube, que está disponível, posso usar ou não. Se não uso devo ter meus motivos se não o fiz isso. devo ter minhas razões. Não sei se ele pode dizer, mas no momento adequado a gente conhece o caráter das pessoas.

Rivaldo, ao saber das palavras de Carpegiani, ficou ainda mais insatisfeito. O camisa 10 deixou o vestiário, foi conversar com o assessor de imprensa e pediu para falar novamente:

— Se ele falou isso, ele está se equivocado. O mundo inteiro conhece o meu caráter. Tenho minha história e estou aqui no São Paulo para jogar. Eu me senti humilhado, poderia ter entrado e ajudado, é uma opinião minha. É um direito meu. No momento que fico no banco, no frio, e vejo meu time perder. Foi uma vergonha, com todo o respeito ao Avaí, mas somos o São Paulo. Fiquei triste, chorei dentro do vestiário. Não tenho sangue de barata. Sei que tem jogadores jovens, mas necessita de jogadores experientes. Eu tenho condições de estar jogando. Não tenho nada contra ele. Ele faz o trabalho dele, eu faço o meu. Apareceu a oportunidade, estava 3 a 1, mas eu não entrei.

Um dos motivos que fazem Carpegiani ser muito questionado no grupo é sua incostância e mudança de opinião, refletido muitas vezes na alteração do time de uma partida para outra, característica que lhe rendeu o apelido de "professor Pardal", na imprensa. Contra o Avaí, o técnico chegou a chamar o volante Wellington para entrar no jogo no lugar de Marlos, mas voltou atrás e promoveu Willian. Detalhe é que Marlos já havia entrado no lugar de Fernandinho no intervalo e foi substituído aos 37 minutos.

Na entrevista coletiva após a partida, o técnico falou sobre a possibilidade de ser demitido e disse não temer tal situação. A diretoria segue com o discurso de que, no São Paulo, as coisas não são resolvidas do dia para a noite e que o técnico deve cumprir seu contrato até o fim de 2011.

— Não saberia lhe responder isso (se pode ser demitido), mas me julgo competente para continuar. Pagamos um alto preço com a eliminação. Pedimos desculpa à torcida, lamentamos, não gostaríamos de ter saido, mas hoje não fomos bem — disse o técnico.

Nesta sexta-feira, o São Paulo desembarca em São Paulo e uma reunião deve definir o futuro do treinador. A equipe estará de folga e só volta a treinar no sábado pela manhã. A equipe volta a campo apenas no dia 22, contra o Fluminense, no Rio de Janeiro, pela estreia no Campeonato Brasileiro.

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