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 | 13/05/2011 02h01min

Torcida do Avaí transforma o Estádio da Ressacada em um caldeirão

Torcedores apoiaram o Leão desde o início

Melissa Bulegon  |  melissa.bulegon@diario.com.br

A torcida atendeu o pedido. Antes mesmo de entrar no estádio já trazia a empolgação e o apoio que os jogadores do Avaí tanto convocaram durante a semana. A Ressacada não chegou a lotar — cerca de 13,7 foram ao estádio —, mesmo assim, se transformou em um caldeirão. Na entrada do time em campo, o Leão foi abençoado pelos torcedores. O bandeirão gigante foi aberto e tomou conta da arquibancada embaixo dos camarotes.

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A cada investida ou roubada de bola, o grito de "Vamo vamo Avaí" ecoava pelo estádio e se espalhava pelo Sul da Ilha. Pés batendo, unhas roídas, mãos apertadas, aplausos descompassados e semblantes preocupados. Um emaranhado de gestos que demonstrava o nervosismo e a ansiedade em cada lance. Sentimentos que aumentaram ainda mais quando Casemiro abriu o placar aos 15 minutos de jogo. Mas, o silêncio durou pouco. Quase nada. Cerca de um minuto depois, William, um dos ídolos do Leão, deixou tudo igual. O gol trouxe mais entusiasmo aos torcedores de todas as idades que tentavam ajudar o time.

Com o empate, a Ressacada reascendeu e voltou com mais força a ser o 12º jogador. O apoio que vinha de todos os setores do estádio empurrou o Avaí para a virada. A recompensa pelos gritos ensurdecedores de alguns torcedores veio com o oportunismo de Bruno que, bem postado, soube aproveitar o cruzamento de Marquinhos para deixar o placar em 2 a1 para o Avaí.

A partir daí, as 2 mil pessoas na torcida são-paulina ficaram praticamente invisíveis. Como um bom rei, o torcedor do Leão dominou o seu território e o cântico "Eu canto, sou avaiano até morrer!" ecoou no estádio. Nem mesmo o Leãozinho no colo de uma torcedora foi poupado: passou a ser agitado com toda a força. E o nervosismo nos semblantes deu lugar a esperança.

O torcedor nem bem tinha se acomodado depois da pausa para o lanche no intervalo, quando o tão sonhado resultado se concretizou. Pipocas, refrigerante, água, voou tudo para os ares. E um barulho ensurdecedor tomou conta da Ressacada com o gol relâmpago de Marquinhos Gabriel, o terceiro avaiano no confronto, a 30 minutos da etapa final. 

Em pé o tempo inteiro, aplaudiu em jogadas bonitas, vaiou quando o São Paulo tocava a bola e xingou o juiz quando não concordou com as marcações de Márcio Chagas. Mas, acima de tudo, a torcida cantou, pulou e incentivou o Avaí. Quando o grito não era único em todo o estádio, os mais entusiasmados tratavam de assumir a responsabilidade e mandar em alto, isolado e bom som: Vamo, vamo meu Avaí!

Enquanto o jogo estava parado para o atendimento a Julinho em campo, a torcida logo tratou de provocar os jogadores do São Paulo. E, na substituição de Marquinhos, recebeu de braços abertos o capitão. Nos minutos finais, com a necessidade de manter o resultado, o grito aumentou, duplicou, triplicou. Bandeiras esvoaçantes, suspiros de alívios, gritos de muita vibração. E êxtase quando o juiz decretou o final do jogo.

Um espetáculo de uma torcida que viu o Avaí mais uma vez fazer "côsa" e chegar ainda mais longe: nas semifinais da Copa do Brasil. Para, quem sabe, fazer história outra vez.

 

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