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 | 11/05/2011 23h54min

Palmeiras vence, mas se despede da Copa do Brasil

Sob aplausos da torcida, time paulista até faz bom segundo tempo, mas fica apenas no 2 a 0 com o Coritiba no Pacaembu

Melancólico na primeira etapa e digno o suficiente para se despedir da Copa do Brasil de maneira honrosa no segundo tempo. Este foi o Palmeiras na noite desta quarta-feira, que, diante de apenas 6 mil torcedores, venceu o Coritiba por 2 a 0.

Emerson, contra, e Marcos Assunção marcaram, mas não impediram a eliminação do Verdão paulista, que não conseguiu devolver os 6 a 0 da última quinta-feira, no Couto Pereira e se despede da competição nacional.

Como consolo, o torcedor do alviverde paulista pode comemorar a quebra da sequência de 24 vitórias consecutivas do rival paranaense, que não chegou a marcar gols no Pacaembu.

Primeiro tempo fraco

Antes da partida, o clima era tenso no Pacaembu. Nas imediações do estádio, na avenida Dr. Arnaldo, vândalos quebraram vidros do ônibus que conduzia a delegação alviverde ao palco desta quarta-feira. Não bastassem as janelas quebradas, já em frente à entrada principal do Pacaembu, uma das torcidas uniformizadas do Verdão protestou usando faixas com as mensagens "Acorda, Tirone!", "Safados" e "Baladeiros".

Dentro do Pacaembu, apenas 6.500 torcedores compareceram para assistir ao Verdão, em noite pouquíssimo inspirada. Ainda não recuperado do baque da última quinta-feira, o Palmeiras não tinha criatividade para atacar. Por diversas oportunidades, o repertório alviverde se resumiu às bolas paradas de Marcos Assunção no primeiro tempo.

Mas o camisa 20 não estava com o pé calibrado. Quando o time da casa resolveu trocar o batedor, Lincoln cobrou escanteio com perigo e o Verdão quase aproveitou dentro da área.

Um dos mais acionados em campo era Márcio Araújo. Através do camisa 8, o Verdão se lançava ao ataque, mas de maneira atabalhoada. Na maioria das vezes, a solução era buscar uma falta para Assunção bater.

Sem o menor resquício de inspiração, o Palmeiras não dava sinais de que iria se despedir da Copa do Brasil de forma digna.

Pelo lado do Coxa, a equipe do técnico Marcelo Oliveira se postava bem na defesa e aproveitava a velocidade dos homens da frente para levar muito perigo. O Coritiba não queria sair de campo com uma derrota - queria, sim, tentar ampliar a marca de 24 vitórias seguidas no ano. No melhor lance da equipe paranaense, coube a Bill receber na área após boa troca de passes para marcar. Só que Marcos salvou a pátria palmeirense, logo a 8 minutos da primeira etapa.

Mudança de atitude no segundo tempo

No intervalo, o público mostrou criatividade para manifestar sua insatisfação com a performance palmeirense. Torcedores se colocaram atrás do banco de reservas trajando uniforme completo do Verdão. Irreverentes, eles se aqueciam e pediam para entrar na partida.

A "brincadeira" surtiu efeito dentro de campo e o Verdão começou a segunda etapa com tudo. Logo aos 30 segundos, Gabriel Silva cruzou rasteiro, Adriano Michael Jackson, que substituíra Wellington Paulista no intervalo, disputou com a zaga, mas foi Emerson quem tocou para o fundo do gol.

Com 1 a 0 no placar, o Verdão se animou. E o combustível alviverde era Adriano Michael Jackson. Por mais duas oportunidades, o atacante levou perigo à defesa do Coxa. Aos 10 minutos, iluminado, Michael Jackson fez corta-luz e Kleber girou em cima da zaga curitibana.

Felipão notou o bom momento palmeirense e colocou Patrik no lugar de João Vítor. Só que o segundo gol saiu da maneira de sempre, lembrando o Verdão de 2010 e, por que não, o time da primeira etapa. Marcos Assunção teve nova falta para cobrar e não decepcionou: a bola bateu na barreira e enganou Edson Bastos.

Mas ainda faltavam 4 gols para levar a disputa para os pênaltis. Em seguida, Assunção mostrou que a má sequência na primeira etapa era coisa do passado e exigiu boa defesa de Edson Bastos, aos 32.

Sem tempo hábil para chegar ao placar necessário, o Verdão tocou a bola, levantou a torcida - que gritou Olé na troca de passes palmeirense e aplaudiu a equipe nos minutos finais - e, se não devolveu a goleada da semana anterior, ao menos deu ao seu torcedor um panorama um pouco melhor para as competições que têm pela frente.

O Palmeiras, agora, volta as atenções para o Campeonato Brasileiro. A estreia da equipe de Luiz Felipe Scolari será no dia 22, contra o Botafogo carioca, em São José do Rio Preto.

LANCEPRESS
Tom Dib / Lancepress

Marcos Assunção e Kleber não conseguiram ajudar o Palmeiras a reverter a diferença
Foto:  Tom Dib  /  Lancepress


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