Após passar de 12º jogador a titular, Andrezinho saiu do limbo para se tornar referência no Inter de do técnico Paulo Roberto Falcão. Mas há uma ironia nisto. Com dois reveses em pleno Beira-Rio, o meia admite ter passado por um momento delicado no grupo, enquanto deveria estar comemorando a vaga no time.

— Posso dizer que essa semana que passou foi uma das piores minhas no Inter. Uma ironia do destino. Conquistei meu espaço, estou tentando manter uma regularidade e o Inter nesse momento, depois de uma desclassificação na Libertadores e a derrota em casa para o rival. Escutam-se muitas piadinhas na rua. Isso machuca. Mas temos de entender a cobrança — contou o meia, logo após o treino fechado da manhã desta quarta.

Andrezinho se sente em débito com a torcida. Mas a pior cobrança é a pessoal, nas auto-avaliações diárias:

— Acho que estamos em débito com nós mesmos. Com certeza, todos estamos sofrendo muito. É normal chegar para o treino e ver que todo mundo está cabisbaixo, indignado. O profissional como jogador já tem a cobrança interna. Faz a auto-avaliação. Não há como enganar a si próprio.

Em conversas com o grupo, Falcão tem tentado remobilizar os jogadores para o clássico. "Olho no olho", o treinador reiterou a confiança na equipe. Para Andrezinho, a receita para tentar superar o Grêmio no Estádio Olímpico é viver a decisão “24 horas por dia”.    

— O Falcão conversou bastante com a gente. Passou essa questão de que estamos chateados. Disse que temos de viver 24h esse jogo de domingo. Treinar como se fosse o jogo — contou Andrezinho.