Falcão partiu para o gramado suplementar mais tarde na manhã desta terça-feira. Às 10h30min, em passos lentos, chegou ao treinamento ao lado de Caçapava — ex-volante histórico do Inter. Assistiram juntos ao treino físico comandado por Fábio Mahseredjian. Conversaram, trocaram histórias.  

Na entrevista coletiva após o treino, o comandante colorado se disse emocionado com a visita ilustre do ex-companheiro. Caçapava participou das campanhas vitoriosas do Inter nos Brasileirões de 1975 e 1976.   

— Fiquei emocionado de ver o Caçapava. É uma figura histórica. Chegou aqui e contou histórias — contou Falcão.

De acordo com Falcão, Caçapava sempre foi um jogador marcado pela "indignação e determinação". Foram aspectos que justamente faltaram ao time nas últimas partidas.

Ao avaliar a derrota do Inter no Gre-Nal, Caçapava disse que "algumas peças não funcionaram". Mas demonstrou confiança no grupo colorado para tentar reverter a situação.  

— Quando três peças não funcionam, não tem como o time reagir na partida. É um momento difícil, mas depois de tudo que aconteceu no primeiro Gre-Nal, acho que ele vai conseguir reverter essa situação — comentou.

Caçapava mora atualmente na cidade de Timon, no Maranhão. Está em Porto Alegre de passagem para visitar o filho.

Caçapava x Rivellino

Em conversas com amigos, Falcão fala com carinho do ex-companheiro Caçapava na década de 70. Lembra de um episódio em especial que marcou o ex-volante na passagem pelo Inter.

Na época em que atuava pelo Fluminense, Roberto Rivellino tinha um drible clássico, o elástico. Puxava a bola para um lado e saía para o outro. Preocupado com o movimento, Falcão passou horas explicando como marcar o meio-campista.

Na hora do jogo, Caçapava foi marcar Rivellino. No primeiro elástico, o volantão aplicou um carrinho "no meio" do adversário. Após a partida, Falcão questionou o colega sobre o motivo de não ter feito o que fora treinado e combinado.

— Esqueci o lado que ele saía e fui no meio — foi a resposta para Falcão.