Diário Catarinense — Quando o senhor chegou, o Estadual estava na metade. O que muda estar desde o início do trabalho e participar da montagem do time para a Série A?
Jorginho — É muito bom pegar um trabalho desta forma, dando continuidade, porque conheço muito melhor a equipe. O ideal seria um tempo maior de preparação, mas já está sendo muito bom.
 
DC — Qual a importância desta intertemporada?
Jorginho — O planejamento é ganhar todo o gás necessário, montar bem a equipe taticamente e dar a ela uma base titular. Estamos pegando pesado com os jogadores porque é o momento de acontecer isso.
 
DC — Que cara terá o Figueirense no Brasileiro?
Jorginho — A cara do Figueirense, não a minha. Claro que tenho meu jeito de trabalhar. Sou muito amigo do jogador, parceiro, mas gosto muito de disciplina. Acho fundamental ter esse equilibrio, do estilo brasileiro de ser, com a alegria de jogar, mas com disciplina tática.
 
DC — O Figueirense já traçou um objetivo?
Jorginho — O objetivo principal é a permanência na Série A do Brasileiro. Quem vem da segunda divisão tem que pensar em se manter na primeira. Não podemos pensar no título, de imediato, porque seria uma pretensão muito grande, mas tenho certeza que temos todas as condições de surpreender.
 
DC — Você pensa em reforçar o elenco com um nome de peso?
Jorginho — Sabemos o quanto ter um nome de peso é importante dentro de um Brasileiro. O respeito com que as outras equipes olham pra cá quando vêem um Reinaldo, um Ygor, é diferente . Seria bom se pudéssemos unir, um bom jogador e de nome.
 
DC — Apesar de não ter atingindo o objetivo no Estadual, a comissão técnica foi mantida. Como o senhor vê essa confiança demonstrada pela diretoria na continuação do trabalho?
Jorginho — Acho que é um prestígio. Estão acreditando no trabalho. Fico feliz por ter permanecido, tenho certeza que isso vai acrescentar muito ao trabalho daqui pra frente.
 
DC — Quando chegou, o senhor afirmou que iria vencer no Figueirense. O que será preciso para que você se sinta um vitorioso?
Jorginho — Claro que eu gostaria muito de ter sido campeão catarinense, esse era o primeiro projeto. Mas existem sucessos que não significam, necessariamente, alcançar um título. Aqui, por exemplo, conseguir a permanência na primeira divisão já é uma grande vitória.
 
DC — Que recado o senhor deixa aos alvinegros? 
Jorginho — Quero dizer que nosso objetivo, infelizmente, não foi conquistado nesta primeira parte, mas temos todas as condições, com a ajuda do torcedor, de fazer com que o Scarpelli vire um alçapão para todos aqueles que chegarem aqui.