Mais cedo do que o habitual, o grupo do Inter madrugou na manhã de sexta-feira. Antes das 9h, já estavam no gramado do Beira-Rio devidamente uniformizados em reunião com o vice de futebol Roberto Siegmann. Em pauta, a remobilização do grupo para os Gre-Nais decisivos, e o que essas vitórias poderiam representar para o restante da temporada, com competições como Recopa e Brasileirão.

Logo depois da reunião, Falcão armou a equipe para o clássico, com portões cerrados para a imprensa. Sem indicar a montagem do time, o comandante se mostrou convicto na entrevista coletiva. Prometeu não fazer mudanças significativas, tendo em vista que aprovou o desempenho do time nos primeiros tempos contra o Peñarol e o próprio Gre-Nal.

— Teoricamente, não vou mexer muito. Não posso mudar uma estrutura do time por cinco minutos de apagão (diante do Peñarol). Temos que olhar o todo e não só esses cinco minutos. A tendência é manter a estrutura do time, mantendo o time compactado — afirmou o treinador.

Pelo discurso do treinador, se deduz que o time seguirá no 4-4-1-1. Na prática, efetivamente, se torna o 4-2-3-1 — esquema usual de Celso Roth. O próprio Falcão falou sobre essa comparação com o time do antigo treinador.

De forma alguma, Falcão chama um time com apenas um atacante de “defensivo”. Para isso, usou frases de Rubens Minelli, treinador bicampeão brasileiro pelo Inter em 1975 e 1976.

— Não acho que tenhamos só o Damião à frente. No último jogo, o Oscar fez o gol. Rubens Minelli dizia: “não interessa quantos estão lá na frente, mas quantos chegam ao ataque”. Não atuamos com apenas um só atacante. Temos o D’Alessandro, na terceira função, além de Oscar, que desejo que seja o segundo avançado — explicou.

Neste sábado pela manhã, Falcão irá orientar um último treino para o clássico. Depois do trabalho, todo grupo vai para a concentração.

O time deverá entrar em campo com: Renan; Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Tinga, Oscar, Andrezinho (Sobis) e D'Alessandro; Leandro Damião.