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Esportes  | 05/05/2011 10h10min

Odone defende a imortalidade gremista apesar do fracasso no Chile

Tricolor não conquista título de expressão desde 2001, quando se sagrou campeão da Copa do Brasil

Dez anos sem um título importante. Do time acostumado a conquistar taças nos anos 90 para o que figura como coadjuvante nas competições e conquista títulos de menor expressão. Essa vem sendo a rotina do Grêmio neste início do século. Apesar disso, a “imortalidade” continua firme no discurso, tanto da torcida quanto da direção.

Desde 2001, quando conquistou a Copa do Brasil, o Grêmio conquistou quatro campeonatos gaúchos – contando o daquele ano – e a Série B do Brasileirão em 2005. A seca de taças, entretanto, não apagou a fama do time conhecido como Imortal. Questionado se o discurso não estava apresentando uma realidade distinta da que o clube atravessava, Odone defendeu a “marca” tricolor:

Foto: Leandro Behs

— Esse discurso veio para mente e coração do povo — disse Odone, em entrevista à Rádio Gaúcha após a eliminação na Libertadores 2011 para a Universidad Católica. — A Batalha dos Aflitos assombrou o mundo. Vocês (jornalistas) não culparão o orgulho do Grêmio em ser “imortal”. Não nos tirarão esse mérito. As jornadas de bravura do Grêmio só o Grêmio teve. A segunda divisão deveria ser desvalorizadíssima, mas assombrou todo mundo. Quando um time vai pra concentração, passam esse vídeo. Essas missões impossíveis que o Grêmio cumpriu ninguém vai tirar da história do Grêmio. O Grêmio saiu da segunda divisão quebrado. O Grêmio vem se recuperando financeiramente. O Grêmio saiu de uma situação de insolvência absoluta, e agora é que está devendo para o torcedor.

O mandatário gremista não quis estipular um prazo para a conquista de um troféu importante. Culpou a dificuldade financeira do clube pelos anos difíceis, mas afirmou que agora o time já deve um título para a torcida. Instigado pela reportagem a marcar uma data para a próxima conquista, respondeu:

— Não sou ingênuo para isso. Prazo tem que ser logo que puder. Eu tenho um sonho e uma fantasia. Tenho uma coisa concreta: vou entregar no fim de 2012 a Arena do Grêmio. Gostaria que isso fosse feito junto com um grande título. Quer um prazo? Tens aí uma vontade, uma meta.

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