Tranquilo, calmo e curtindo a melhor campanha do Campeonato Catarinense. Este era Mauro Ovelha na segunda-feira, aproveitando a folga para passear com a mulher Gisele na chácara onde mora. Ela está grávida de quatro meses. Ele descobriu que será mais uma menina. Ele já tem uma filha de 17 anos, do primeiro casamento, que mora junto.

A tranquilidade do local e a companhia da família são fatores que têm influenciado positivamente segundo o treinador.

— Aqui é um sossego — diz.

A chácara é do presidente de honra da Chapecoense, Izair Gambatto. Foi ele que ofereceu o local para o treinador.

Ovelha, que é um cara reservado, gostou da ideia. Lá ele pode curtir a gravidez da esposa, assistir aos vídeos da Chapecoense e dos adversários e até aproveitar uma sauna. Tem até cancha de boliche no local, mas ele pouco usa. Também não pesca no lago.

— Não sou muito de água — revela.

Também não joga futebol com a diretoria da Chapecoense no campo da chácara, pois é supersticioso.

— Comecei o ano sem jogar e não vou mudar  — afirma.

O treinador, aliás, é metódico. E gosta de seguir um padrão. Se alguma coisa dá certo, ele continua fazendo da mesma maneira. Sua volta para a Chapecoense teve grande influência de Gambatto, que é um admirador do trabalho do treinador. Sobre seu jeito sério, Ovelha disse que mantém uma postura mais sisuda só no trabalho e que por isso as pessoas acabam pensando que é mau humorado.

— Quem me conhece sabe que não sou assim — garante.

Ele disse que voltou para a Chapecoense para recuperar sua imagem, que foi vencedora em 2009, onde foi vice-campeão e conquistou vaga para a Série C do Campeonato Brasileiro. Em 2010 ele iniciou a campanha que acabou no rebaixamento. Agora, quer brigar novamente pelo título. Mas prefere pensar jogo a jogo.