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Esportes  | 17/04/2011 18h10min

Com contas em dia, Inter deve deixar de vender jogadores para fazer caixa

Clube projeta criar um fundo de investimento com a participação dos sócios

Tomás Hammes  |  tomas.rodrigues@rbsonline.com.br

Uma boa notícia para os colorados poderá chegar até o final do ano. Se o plano de equilíbrio financeiro, atualmente em execução, atingir os resultados esperados, o clube não só não mais dependerá da receita da venda de jogadores para fazer frente as suas necessidades financeiras, como terá um outro grande trunfo para anunciar à torcida colorada:

– Se o modelo der certo, o que teremos é justamente o contrário de hoje. Contaremos com bem mais jogadores vestindo a camiseta do Internacional. Ainda temos necessidades desses recursos (da venda dos jogadores) este ano, mas estamos trabalhando duro para reduzir essa dependência. Para isso, precisamos de outras receitas que façam frente a nossas despesas.

A informação que trará otimismo aos torcedores veio do executivo-chefe (CEO) do clube, Aod Cunha, hoje envolvido em assuntos que vão da reforma do estádio para a Copa do Mundo à questão de patrocínios e à transmissão das partidas pela televisão.

Após o clube fechar 2010 com um déficit de R$ 20 milhões, o CEO colorado chegou com a missão de controlar os gastos do clube. Para isso, a procura de novas fontes de receitas, projeto que será executado em 2011 e também no próximo ano. Há quatro meses no cargo, Aod projeta zerar os financiamentos bancários a curto prazo até o final do ano, além de reduzir a antecipação de receitas.



Para os torcedores, pouco envolvidos com questões econômicas e organizacionais, a parte mais importante. O equilíbrio financeiro significará uma mudança na atual situação que ainda prevê a venda de jogadores para equilibrar o fluxo de caixa.

Desde que Fernando Carvalho assumiu a presidência em 2002, o clube sempre trabalhou com a estratégia de vender, pelo menos, um atleta por ano para oxigenar as finanças e poder reforçar o time. Exemplos desta política são os negócios envolvendo Diogo Rincón, Nilmar, Rafael Sobis, Alexandre Pato, Nilmar (em sua segunda passagem), Giuliano, entre outros.



Apesar do curto período atuando na administração esportiva, Aod já enxerga avanços na estrutura colorada. Embora lembre a diferença na administração do clube com a administração pública, por exemplo, até mesmo por envolver a questão da paixão que cerca o futebol, prevê que, até o final do ano, por exemplo, já poderá ter resultados na missão de ordenar as finanças do Colorado.

Fundo de investimentos

Outro ponto da proposta de saneamento das contas poderá ser a criação de um fundo de investimentos com a participação dos seus associados. O projeto faz parte do conjunto maior de ações que o clube está desenvolvendo com seus associados – 106 mil hoje, o que torna o clube o líder em sócios na América Latina e sexto maior do mundo.

A questão ainda está em estudo e deve passar pela avaliação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável por fiscalizar e regulamentar o mercado e proteger os pequenos investidores. O mercado de valores mobiliários é um segmento do mercado financeiro que negocia, preferencialmente, ações de empresas e fundos de investimento.

No caso da proposta em análise pelo Inter, há uma limitação, pois, a princípio, só seria aberta a grandes investidores, o que o clube não concorda. Uma das possibilidades seria abrir uma parte do fundo – entre 10% e 15% – para pequenos investidores, que aplicariam somas não tão expressivas de capital nesse fundo. Uma alternativa mais popular, como intitula o CEO.


 

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