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Esportes  | 14/04/2011 07h11min

Walter: "Tenho 80% de chances de voltar ao Brasil"

Ex-Inter, atacante se diz feliz com estilo de vida europeu, mas, de olho em 2012, deseja uma sequência maior de jogos

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br

Desde que deixou o Inter em meados de 2010 por 4 milhões de euros, Walter se multiplicou em dois. Um dos Walter está feliz em Portugal. Vive numa casa à beira-mar com a esposa Vanessa e reveza sua folgas entre boliche, cinema e shopping center. Mas o outro lado do atacante passa por dias de aflição: mesmo com a confiança do técnico, sente falta de mais oportunidades no atual campeão português. O segundo Walter quer voltar para casa.



Walter com a esposa no estádio do Dragão
Foto: Arquivo Pessoal


A média de Walter é boa em terras portuguesas. Marcou sete gols, sendo sete jogos como titular e 14 saindo da reserva. O problema está na sequência: após as folgas de fim de ano, ficou dois meses sem ser relacionado. Não estava no banco na vitória sobre o Benfica que deu ao Porto o título invicto do campeonato local. Mas figurou entre os 18 diante do Portimonense no fim de semana passado. Walter também viajou a Rússia onde enfrenta nesta quinta o Spartak, pela Liga Europa. De lá, por telefone, ele falou ao clicEsportes sobre o seu dilema: a boa vida fora dos campos em Portugal ou o retorno da rotina de gols em outro endereço.

Aos 21 anos, Walter mira as Olimpíadas de Londres. Mas, para chegar bem em 2012 e convencer Mano Menezes, ele precisa jogar.

— As pessoas só olham para quem está jogando — acredita.



Walter marcou sete gols no Porto
Foto: Bertrand Langlois, AFP


Rodeado por nomes de peso como Falcão Garcia e Hulk e com Varela em boa fase, Walter já chegou a pedir à direção do clube que fosse emprestado para pegar experiência e ritmo de jogo. Recebeu um "não" dos portugueses, que afirmaram confiar em seu futebol. O técnico André Villas Boas, o "novo Mourinho" daquelas bandas, também se junta ao coro e exige bastante do centroavante nos treinos. Pede a Walter que volte para marcar, não desista nunca após perder a bola. Mesmo coberto de elogios, o jogador é realista e vê pouca chance de enfileirar jogos no time titular num curto prazo (tem contrato de cinco anos com o Porto).

— Conversei com meu empresário (Téo Constantin). Tenho 80% de chances de voltar ao Brasil — estima, pensando na janela de transferências no meio do ano. — Talvez eu consiga um empréstimo. Uns quatro ou cinco clubes estão interessados — informa, sem entrar em detalhes.



Walter em reunião com os amigos em Portugal
Foto: Arquivo Pessoal


Mas Walter e Vanessa se acostumaram a acordar com o mar emoldurado pela janela do quarto. E, com treinos apenas pela manhã e concentração somente nos dias dos jogos, o casal consegue aproveitar como poucos os prazeres de uma metrópole europeia. Companheira de Walter desde a época de Inter, Vanessa se lembra de um post do atacante Rafael Sobis no Twitter, em que ele diz morar mais no hotel do que em casa - em alusão à rotina de viagens a que o Inter é submetido na Libertadores.

Essa convivência maior em família pode pesar para que Walter suporte um pouco mais a reserva no Porto e descarte o corrido dia a dia no Brasil. A gravidez de Vanessa também ajuda: ela acredita que em Portugal seja mais confortável e seguro para curtir a gestação. Daqui a cinco meses, Walter vai ter uma boa razão para homenagens na hora dos gols: é quando nasce Catarina, a primeira filha do casal. Portuguesa ou brasileira? Bom, isso só o tempo, Walter e o rumo do seu futebol poderão dizer.


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