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 | 10/04/2011 18h02min

Juventude fatura o título do Interior no Gauchão Coca-Cola

3 a 1 de virada em Veranópolis ainda pode render vaga na Copa do Brasil

Gabriel de Aguiar Izidoro  |  gabriel.izidoro@pioneiro.com

 Foi uma tarde perfeita para o Juventude e uma frustração para o Veranópolis Esporte Clube (VEC), a deste domingo, no Estádio Antônio David Farina. De virada, com pênalti sonegado e grande atuação, especialmente na etapa final, o time do técnico Picoli fez 3 a 1, gols de Jardel, Deoclécio e Rafael Aidar, e desceu a Serra comemorando, além da classificação às quartas de final do segundo turno, o título do Interior do Gauchão Coca-Cola.

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Como foi o minuto a minuto

A papada deixou claro que não encarava a conquista como meramente smbólica: aos gritos de “olé” e “é campeão”, festejou os R$ 100 mil de prêmio na conta e uma boa possibilidade de brigar por vaga na Copa do Brasil de 2012 (vencendo a Taça Farroupilha ou esperando que alguém da dupla Gre-Nal entre na Taça Libertadores do próximo ano).

Logo aos cinco minutos, a linha de defesa alviverde foi surpreendida com lançamento perfeito para Edinho escapar pela direita. O atacante pentacolor cortou pelo meio, em extrema velocidade, e só foi parado com falta, entre três marcadores, a cerca de meio metro da risca de área. Ale cobrou com extrema categoria, tirando da barreira formada por seis jogadores, e acertando o ângulo da rede de Jonatas para abrir o placar, aos seis.

Mais um minuto e o VEC quase ampliou. Jean Dias pegou novamente a defesa alviverde desprevenida pela direita e encontrou Ale. O meia entrou em velocidade pela direita, centrou e Juliano foi travado no momento do chute.

A primeira chegada do Juventude só foi acontecer aos 10, ainda assim, sem qualquer perigo, em cabeceio torto de Deoclécio, direto para fora. Cinquenta segundos depois, o grau de ameaça cresceu um pouco, com um cruzamento venenoso de Cristiano, pela esquerda, que Anderson Bill teve de mergulhar para mandar a escanteio.

O Juventude achou seu caminho, finalmente, aos 16. Jardel dominou livre na direita e emendou rasante, cruzado, sem chances para Rodrigo Rocha: 1 a 1.

A virada quase veio em seguida, em lance todo confuso. Eram 22 minutos, quando o goleiro Rodrigo Rocha e integrantes da comissão técnica pentacolor pediam a interrupção da partida, para que a ambulância que se movia contornando atrás do gol do setor visitante do estádio, onde fica a saída do veículo, levasse o volante Neto ao hospital a fim de fazer uma sutura. O árbitro Márcio Coruja ignorou os apelos.

Nisso, o zagueiro Anderson Bill cometeu uma lambança ao tentar afastar e deixou a bola entre Rodrigo Rocha e o atacante Rafael Aidar, do Juventude. Aidar invadiu a área com a bola dominada, fintou e foi derrubado por Rodrigo Rocha. Um tumulto se formou e Coruja optou por dar cartão amarelo ao invés de pênalti, ao atacante papo.

Dois minutos depois, Zulu teve a chance escancarada de desfazer o equívoco, mas cometeu outro, apenas arranhando a bola de perna esquerda, na frente de Rocha. Aos 32, apenas o poste direito do goleiro pentacolor impediu que Alex Telles ganhasse uma placa no estádio, pelo que seria o golaço com um canudo, sem ângulo, após meter uma janelinha em Raulen na ponta esquerda.

— Colocam arbitragem que não tem condição de apitar jogo decisivo, então a gente sai prejudicado — protestou Rafael Aidar na saída para o intervalo.

— Temos que manter o ritmo forte e ter muita atenção, não só em fazer gols, mas também em defender. O equilíbrio é fundamental — postulou o autor do gol veranense, Ale.

Em aparente sinal de satisfação dos técnicos, ambas as equipes retornaram dos vestiários com a mesma formação. Quem se assanhou primeiro foram os visitantes, logo aos dois minutos, com Anderson Pico arriscando de longe e obrigando Rodrigo Rocha a mandar para escanteio. Aos 12, Juliano, tentando interceptar lançamento de Cristiano, quase atentou contra o patrimônio.

Dois minutos depois, em lance que parecia perdido, Pico tirou de carrinho, Cristiano apanhou, fez uma inversão aérea de 50 metros e deixou Aidar livre na esquerda. O baixinho ganhou de Bill na velocidade e bateu cruzado para grande defesa de Rocha.

Aos 16, finalmente, o VEC respondeu. Edinho fez boa jogada na área, fintou dois marcadores, bateu de perna esquerda, a bola desviou em Umberto e saiu em escanteio.

Foi a senha para os donos da casa se assentarem no gramado. Aos 22, após nova cobrança de escanteio, a bola quicou na área e acertou a mão de Rafael, gerando ruidosa queixa veranense por pênalti. Márcio Coruja mandou o jogo seguir e Ramiro, a despeito de bela arrancada, desperdiçou o contragolpe.

Mas a virada veio, aos 26. Cristiano cobrou bem escanteio da direita e o garoto Deoclécio, volante de origem atuando como zagueiro improvisado, subiu mais que todo mundo na área para testar ao fundo das redes.

E a ampliação, aos 36. Deoclécio soltou um chutão para afastar e flagrou Anderson Bill, que era o último zagueiro pela esquerda, no cochilo. Rafael Aidar se desvencilhou do marcador, disparou pela ponta, invadiu a área, esperou a saída de Rocha e deu um toquezinho por cima, de perna esquerda, com extrema categoria.

Enquanto a bola morria na rede, o melhor em campo comemorava com a papada, em maior número no estádio naquele momento, a confirmação do primeiro título dos profissionais do Juventude em muito tempo. Com a preciosa contribuição de uma geração de garotos, que há alguns anos já vinham ganhando tudo o que podia nas categorias de base.

Nas quartas de final do segundo turno, o Juventude enfrenta o Lajeadense no próximo final de semana no Estádio Alfredo Jaconi.

 
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