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 | 04/04/2011 23h32min

Michael, do Vôlei Futuro, reclama de homofobia em jogo da Superliga

Meio de rede diz ter sido chamado de "bicha" pela torcida do Sada Cruzeiro

Um caso de preconceito contra o jogador Michael, do Vôlei Futuro, deixou o grande jogo entre a equipe paulista e o Sada/Cruzeiro, na sexta-feira, em segundo plano. No primeiro jogo da semifinal da Superliga, realizado em Contagem (MG), o meio de rede diz ter sido ofendido moralmente por toda a torcida cruzeirense, que lotou o ginásio Poliesportivo do Riacho.

– Foi um ato de preconceito, realmente. Estou acostumado com a pressão de torcida, mas nunca com um ginásio inteiro, inclusive mulheres e crianças me chamando de "bicha" o jogo todo – reclamou Michael, concedida por telefone.

A diretoria do Vôlei Futuro, inclusive, preparou um relatório sobre o caso e enviou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Com o documento, a equipe colocou um vídeo que mostra exatamente os momentos em que o jogador é alvo de homofobia em coro gritado por toda a torcida do Sada/Cruzeiro.

A entidade receberá hoje os documentos e analisará quais as providências serão tomadas. Segundo Marcela Constantino, diretora do Vôlei Futuro, foi pedido que a CBV aja com urgência e que um possível julgamento seja realizado antes da terceira partida da série, que, se necessária, será realizada no dia 15, novamente em Contagem.

– Queremos evitar que possa haver reincidência contra o Michael. Por isso, enviei com pedido de urgência – comentou Marcela.

Além da homofobia, o Vôlei Futuro reclama também de uma superlotação no ginásio. Segundo um comunicado oficial emitido pela equipe paulista, havia pessoas nas escadas de acesso às arquibancadas e saídas do local.

A diretoria do Sada/Cruzeiro afirmou à reportagem que só vai se pronunciar sobre as acusações quando for notificada pela CBV.

Cruzeiro evita falar antes de ser comunicado pela CBV

A diretoria do Sada/Cruzeiro não quis se pronunciar oficialmente sobre os xingamentos proferidos por sua torcida contra o meio de rede Michael, do Vôlei Futuro. Segundo o supervisor Luís Carlos Sales, a agremiação só vai comentar o assunto quando for comunicada oficialmente pela Confederação Brasileira.

– Fico surpreso com essa notícia. Ninguém nos falou nada sobre isso, preciso tomar conhecimento ainda do que está sendo falado. Estava no ginásio, mas como fico de um lado para o outro, não vi a torcida xingar o jogador. Até agora, nem a equipe adversária nem a entidade nos falaram sobre isso – disse o dirigente.

A CBV e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva também foram procurados para comentar um possível julgamento. No entanto, a assessoria de imprensa da entidade também informou que só terão uma posição oficial na manhã desta terça-feira, quando receberão os documentos e o vídeo enviados pelo Vôlei Futuro.

LANCEPRESS!
divulgação / 

Michael teria sido vítima de preconceito na Superliga Masculina
Foto:  divulgação


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