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Esportes  | 31/03/2011 15h13min

Novo técnico do juvenil do Inter, Clemer quer ser exemplo para os jovens da base

Ex-goleiro começa carreira e promete cobrar profissionalismo dos garotos além das quatro linhas

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br

Atualizada às 18h47min

Pela primeira vez em toda a sua trajetória vitoriosa no Inter, Clemer mudou seu rotina ao deixar o carro no pátio do Beira-Rio. Passou reto pelo vestiário profissional e embrenhou-se no espaço destinado à categoria de base. Campeão do mundo em 2006, o ex-goleiro é o novo técnico dos juvenis do clube. Em seu novo desafio, Clemer espera incutir na gurizada, de idade entre 16 e 17 anos, a ideia de profissionalismo - dentro e fora de campo.

— Eles precisam entender que não basta ser jogador, tem que ser um atleta, se cuidar desde cedo — receita o ex-jogador, agora com 42 anos e tomando seu próprio exemplo: — Olha o meu caso: fui parar só aos 40 anos, porque tive uma vida regrada desde o início.

Depois de aposentar as luvas, Clemer se tornou preparador dos goleiros profissionais, cargo que sustentou durante todo o ano passado. Em janeiro, Marquinhos assumiu o posto. Desde então, Clemer estava envolvido na implantação de uma escola de goleiros no Inter quando recebeu um telefonema do vice-presidente de futebol do clube, Roberto Siegmann. Sem hesitar, aceitou o convite. 

— O projeto da escola de goleiros não era tão urgente. E, como precisávamos de um novo técnico e eu sabia da vontade do Clemer em iniciar essa carreira, o convidei. É uma oportunidade merecida — atesta Siegmann.

Auxiliar técnico dos juvenis, Odair Hellmann endossa a chegada de Clemer às categorias de base. Assim como o novo colega, o ex-volante também jogou no Inter, em meados dos anos 1990 e em 2000. Segundo ele, a presença de uma referência vitoriosa do clube é essencial para quem está começando a carreira no futebol.

— Ele é um ídolo do clube, a gurizada o respeita muito — elogia.

Depois das formalidades, Clemer vestiu o uniforme da comissão técnica e rumou ao campo suplementar. Lá, observou um treino coletivo para conhecer melhor seus atletas. No sábado pela manhã, o fã incondicional de Abel Braga comanda o primeio desafio como técnico, um amistoso contra o Pedra Branca. Mostrando-se bem informado sobre a situação dos juniores, Clemer pretende manter, pelo menos no início do trabalho, o 4-2-3-1 — mesmo esquema, inclusive, usado por Celso Roth nos profissionais.

— Estou realizado, trabalhando no clube que amo e na cidade que escolhi para ficar pelo resto da vida — encerra Clemer, com um brilho nos olhos e um sorriso dignos de um daqueles garotos de 17 anos, pasmos por ver, em carne e osso, um campeão do mundo.

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