O Juventude está praticamente encaminhado para encarar o Grêmio, nesta quarta-feira, às 20h, no Estádio Alfredo Jaconi, pelo segundo turno do Gauchão Coca-Cola. A tendência é de manutenção da equipe que iniciou os 5 a 0 sobre o Inter-SM, no último domingo. Na tarde desta terça-feira, houve apenas um treino de finalizações no CFAC, devido ao mau tempo e à pouca margem de repouso até o confronto.

— Não perdemos ninguém no domingo e a equipe teve um bom desempenho — observou o técnico Picoli, que não enfrenta problemas de lesões ou suspensões em relação ao grupo utilizado na última partida.

Um dos mistérios do clássico envolve a possível formação do time porto-alegrense. Contudo, ninguém no Juventude sequer imagina um adversário mais fragilizado pela troca de nomes. Ou, até mesmo, nem se preocupa muito com a questão.

— Nem quero saber. Deixo essa para o Picoli — brinca o meia Cristiano.

Destaque alviverde na goleada sobre o coloradinho, o jogador enxerga as complicações de enfrentar um dos maiores orçamentos do Estado como oportunidade.

— Este é um daqueles jogos que todo atleta quer estar envolvido. Eu já estou pensando nisso desde domingo. Acredito que mantendo a atitude que tivemos contra o Inter-SM, vamos incomodar o Grêmio. É a segunda das quatro decisões que temos pela frente.

Para o artilheiro do time no campeonato e na temporada, com nove gols, a dificuldade do jogo traz consigo uma chance de visibilidade.

— Os grandes jogadores aparecem nessas ocasiões. Nós temos que provar que o resultado de domingo não foi por acaso e que queremos a classificação. Seria bom se viessem os titulares. Até melhor, porque valorizaria ainda mais o jogo — pondera o atacante Júlio Madureira.

Picoli entende que o adversário pode levar perigo na bola aérea. Mas não é imbatível.

— É um time de muito toque de bola, que até por essa característica consegue muitas faltas perto da área. A bola parada é um diferencial do Grêmio. Por outro lado, vejo muitas dificuldades defensivas.