Desde a saída de Alecsandro para o Vasco, o Inter trabalha basicamente com dois centroavantes no Beira-Rio. Em momento iluminado, o titular Leandro Damião soma 13 gols em nove jogos na temporada. Já o reserva Fernando Cavenaghi esteve em campo em oito oportunidades com a camisa vermelha, mas ainda não conseguiu balançar as redes.

– Tínhamos três centroavantes. Um saiu, o outro não está feliz nas conclusões e o outro está absurdamente bem – comentou o técnico Celso Roth, neste sábado.

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Sem Damião, na Seleção, Cavenaghi teve duas partidas em sequência como titular para tentar quebrar o jejum de gols. Não conseguiu. Neste sábado, no empate sem gols contra o São Luiz, o argentino desperdiçou duas chances claras. Após a partida, Roth disse considerar “injustas” as comparações entre os dois.

– É uma comparação injusta com o Damião, que vem em momento fantástico. Quando o Cavenaghi chuta, a bola pega em alguém ou o goleiro defende. Com o Damião, a bola bate no nariz e entra. Não podemos criar uma polêmica em cima disso. Temos que continuar trabalhando para que esse momento do Cavenaghi passe – opina o treinador.

Por outro lado, Roth deixa claro que Damião tem feito falta ao time do Inter:

– Mesmo não fazendo uma boa partida (contra o São Luiz), tínhamos que ganhar. E aí fez falta o Damião, que se tornou referência. Em jogos enroscados, cruzamento para a área são excelentes alternativas.

Neste domingo, Damião será titular da Seleção Brasileira diante da Escócia. Caso marque gol, provavelmente seguirá sendo convocado, o que irá gerar um “problema” para o treinador do Inter.

– Temos essa situação muito clara. Se o Damião for chamado para a Copa América, teremos que resolver o time sem ele. Deus queira que não, mas vai que ele apresente algum problema? Vamos ter que trabalhar com o Cavenaghi – acrescenta.

Durante a entrevista coletiva, Roth também lembrou a situação em que Alecsandro se encontrava no Inter com as críticas da torcida. Após a derrota no Mundial de Clubes, o centroavante foi um dos apontados pela perda.

– Tecnicamente, sempre apoiamos o Alecsandro. Tanto, que era titular do Inter. Na virada do ano, o torcedor elegeu alguns pela perda do título. Eu era um. O Renan saiu da equipe e colocamos o Lauro, que está muito bem. Foi um dos eleitos. Pela torcida, 99,99% queria que Alecsandro saísse do time. Ele aceitou e continuou trabalhando. E era sempre o primeiro nisso ou naquilo, e o torcedor malhando – defendeu Roth.

Em 2011:
Leandro Damião – 13 gols em nove jogos
Cavenaghi – Oito jogos e nenhum gol