O incansável Guiñazu, que parecia morar no altiplano ontem, tal a naturalidade com que correu a 2,6 mil metros de altura na vitória sobre o Jorge Wilstermann por 4 a 1, está otimista.

Depois de ontem, se mantiver o padrão apresentado em Cochabamba, o Inter pode ser tri da América.

Guiñazu concedeu uma longa entrevista para a Fox Sports, que tem exclusividade na transmissão dos jogos da Libertadores para todo o continente, logo na saída do campo. Estava suando, tomando água. Foi o único jogador a atuar de mandas compridas.

O volante disse que não é tanto o placar a semente do seu otimismo, e sim a maneira como a vitória aconteceu.

– Oxalá a gente continue assim. Se conseguirmos manter este mesmo nível apresentado, poderemos ser campeões de novo – afirmou Guiñazu. – Tocamos a bola, marcamos bem, fizemos gols, tivemos equilíbrio.

Além da goleada falar sozinha (não há como jogar mal aplicando 4 a 1 fora de casa em partida de Libertadores e na altitude, mesmo se o adversário for da Série B da Bolívia, como o Jorge Wilstermann), o técnico Celso Roth operou três substituições.

Wilson Matias, Andrezinho e Cavenaghi entraram no segundo tempo nos lugares de Tinga, Oscar e Damião. E nenhuma delas interferiu no padrão de toque de bola da equipe. Ao contrário: consolidaram e ampliaram a vitória.

Este fato foi destacado por Guiñazu na sua entrevista, transmitida para toda a América Latina.

O Inter começa na manhã de hoje sua viagem de retorno ao Brasil desde Cochabamba. Faz escala em Santa Cruz de la Sierra e São Paulo antes de chegar a Porto Alegre, por volta de 18h30min. No sábado, enfrenta o Novo Hamburgo pelo Gauchão, no Beira-Rio.

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