Medo. Ele não confirmou Oscar no jogo contra o Caxias, domingo, no Centenário.

Mas não posso acreditar que Celso Roth pense em condená-lo ao banco de reservas depois de ontem.

Não dar sequência a Oscar (e não falo de duas, mas de três ou quatro partidas) seria atentado contra a lógica. Quase um escárnio.

Sei que apostar nos jovens não é marca do técnico do Inter. Basta ver o tempo que Damião passou na reserva de Alecsandro. Mais de ano, creio. É um exemplo, apenas.

Se Damião não tivesse feito gol atrás de gol a cada chance recebida, talvez ainda assistisse aos jogos na casamata, entre o médico Carlos Poisl e o massagista Juarez Quintanilha.

No 4 a 0 sobre o Ypiranga, Oscar foi um sopro de libertação.

Apareceu alguém que joga para frente, que conquista espaço avançando em linha vertical no campo, que arrisca o chute de fora da área quando abre o clarão por entre os volantes inimigos.

A poeira da sala sumiu. Tudo ficou mais limpo, reluzente e simples.

A goleira de Oscar é de verdade, e não imaginária, nos lados, como às vezes parecia em jogos do Inter.

Trata-se de um meia-atacante muito atacante. Ele procura o gol sempre. O passe lateral é sempre a segunda opção, nunca a primeira.

Damião deve ter passado a noite rezando para Roth mantê-lo no time. Companhia mínima na frente, enfim.

Com Tinga voltando a ser o velho e bom Tinga múltiplo, a volta de DAlessandro somada à manutenção de Oscar (saindo Zé Roberto) pode representar uma revolução no Inter.

O Ypiranga não é medida? De fato, não é. Por isso é preciso ver Oscar e Cia em ação mais vezes. Quem sabe está nascendo o time ideal da Libertadores?

Não, não posso acreditar que Celso Roth pense em algo diferente de manter Oscar.

Quem sabe hoje ele decreta a titularidade ao menos momentânea do jovem campeão sul-americano sub-20 com a seleção?

Reina grande expectativa nas imediações da Padre Cacique.

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