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Esportes  | 08/03/2011 13h59min

Jogo festivo na Chechênia terá participação de Dunga, Romário e Bebeto

Brasileiros jogarão contra seleção de Grózni

A febre do futebol invadiu a Chechênia, que recebe nesta terça-feira uma partida inédita entre ex-jogadores brasileiros campeões do mundo e uma seleção desta pequena república do Cáucaso, que já foi cenário de duas guerras violentas com a Rússia.

Foto: Musa Sasulayev, AP

Apesar das autoridades locais terem anunciado a presença de jogadores campeões do mundo em 2002 — Ronaldo, Ronaldinho, Kaká —, a equipe brasileira será formada por atletas que conquistaram o título em 1994, como Romário, Bebeto, Dunga, Raí e Cafu. Também estão presentes Denílson, campeão em 2002, e Élber, que não chegou a disputar nenhuma Copa.

— Espero que o futebol brasileiro possa trazer um pouco de alegria — afirmou Raí ao desembarcar no aeroporto de Grózni, onde os craques brasileiros foram recebidos por centenas de fãs.

Um grande dispositivo de segurança foi mobilizado em Grózni para a partida, que será disputada no estádio do clube Terek Grozny, cenário em 2004 de um atentado que matou o presidente checheno pró-Moscou Akhmad Kadyrov.

Foto: Sergey Ponomarev, AP

A equipe chechena terá o reforço do alemão Lothar Matthäus, campeão do mundo em 1990. O jovem presidente e homem forte da Chechênia, Ramzan Kadyrov, será o capitão da equipe. Ele afirmou que os brasileiros não cobraram para jogar o amistoso.

— Pagamento? Eles que se ofereceram para vir — declarou Kadyrov na segunda-feira.

Mas nem a população local parece acreditar na versão do presidente.

— Vamos ganhar dos brasileiros. Kadyrov dirá 'te dou 100.000 dólares e me deixa passar com a bola — ironizou um morador, que pediu anonimato, em referência à corrupção onipresente na Rússia.

— Queremos fazer uma festa para os torcedores russos — declarou Kadyrov, acusado pelas ONGs de não respeitar os direitos humanos e que foi confirmado para um mandato de cinco anos à frente da Chechênia pelo Kremlin.

Moscou permite ao presidente checheno de 34 anos uma relativa estabilidade e confia nele para conter a rebelião, que superou as fronteiras da Chechênia e em meados da década passada se tornou um movimento islamita armado ativo em todo o Cáucaso do Norte.

Apesar da instabilidade e do alto nível de desemprego nas pequenas repúblicas do Cáucaso, os gastos com futebol parecem não ter limite. Em janeiro, o Terek Grozny, quase rebaixado na temporada passada, contratou como técnico o holandês Ruud Gullit. No mês passado, o Anzhi Makhatchkala, do Daguestão, contratou o lateral brasileiro Roberto Carlos com o maior salário de um jogador no futebol russo.

AFP
 
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