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 | 07/03/2011 17h49min

"Eles foram se divertir e agora estamos nessa agonia", diz pai de menina atingida por lancha

Adelar Dalla Favera espera ir a Santa Catarina ainda nesta semana

O que era para ser um período de descanso e diversão para a família de Adelar Dalla Favera por pouco não se transformou em tragédia. A sua esposa e os três filhos deixaram Viamão na sexta-feira para passar o Carnaval na casa de parentes em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Mas no final da tarde deste domingo a filha mais nova, de 11 anos, acabou atingida por uma lancha quando passeava em um banana boat.

De acordo com o piloto da lancha do brinquedo, que não quis se identificar, quando eles estavam a 300 metros da faixa de areia, viram a outra embarcação se aproximando. Tentaram retornar cerca de 100 metros, mas a lancha não reduziu e atingiu o banana boat. A menina sofreu fratura exposta, lacerações profundas pelo corpo e hemorragia. Ela corre o risco de perder a perna.

O pai da menina ficou em Viamão e agora tenta deixar a cidade para encontrar a família em Santa Catarina. Ele concedeu entrevista por telefone a Zero Hora e contou como a família está lidando com a delicada situação:

Zero Hora: Como o senhor ficou sabendo do acidente?

Adelar Dalla Favera: O meu cunhado, irmão da minha mulher, dono da casa onde a minha família está hospedada, me ligou. Eles nem queriam me contar, pela gravidade do acidente. Ficaram com medo de me deixar muito assustado aqui. Estou tentando ir para lá, mas tenho trabalho aqui, é difícil. Até quarta, no máximo quinta-feira, espero chegar lá.

ZH: A sua família costuma ir sempre a Balneário Camboriú?

Favera:
Sim, nós vamos com frequência visitá-los, mas já fazia uns dois anos que não íamos. Eles foram pra lá se divertir e agora estamos todos nessa agonia. Queremos justiça. Queremos que o culpado por isso seja punido ou que nos dê algum tipo de assistência.

ZH: O que vocês pretendem fazer a partir de agora?

Favera: Já contratamos um advogado para tomar as providências. Não quero dinheiro de ninguém. Se o autor nos ajudar com a assistência médica já está de bom tamanho. A prioridade é a saúde da minha filha.

ZH: A menina vai ser tratada em Santa Catarina ou vocês tentarão transferi-la para o RS?

Favera: O que me disseram é que não tem como transferi-la neste momento. A perna dela está muito machucada, seria arriscado. Acho que num primeiro momento vamos tentar tratá-la lá, mas assim que possível queremos que ela volte pra casa.

ZH: Como estão a sua mulher e seus outros filhos?

Favera: A minha mulher está muito mal, não consegue dormir desde o momento do acidente. Ela não sabe nem o que pensar. A minha filha mais velha, de 23 anos, está em depressão, já passou mal. Está sendo muito difícil para todo mundo.

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