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 | 03/03/2011 00h20min

Fluminense perde para o América do México e vê classificação mais longe

Marques marcou o gol da vitória dos mexicanos, nesta quarta-feira, no Estádio Azteca

Para os tricolores que ainda sonham em título da Libertadores neste ano, é bom começar a fazer as contas. Em mais uma noite de pouca inspiração do ataque, o Fluminense sucumbiu diante do América (MEX), que, após encurralar os brasileiros durante todo o tempo, arrancou a vitória por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio Azteca, e está na terceira posição do Grupo 3, com dois pontos.

Para o Tricolor, que já se encontrava em situação complicada antes do jogo, agora vive em estado crítico. Com apenas dois pontos, terá que tirar os quatro de desvantagem para as 'Águias' nas próximas três rodadas. Sendo que, em duas delas, jogará longe do Rio de Janeiro.

O gol da vitória dos anfitriões saiu aos 25 minutos da segunda etapa, após boa jogada do meia argentino Montenegro, bem concluída pelo atacante Daniel Marques, que acabara de entrar.

O lance irritou a comissão técnica tricolor, que reclamou impedimento. O auxiliar Tata e o preparador físico Ronaldo Torres foram expulsos de campo, mas as câmaras mostraram que o jogador mexicano estava em posição legal.

Para o alento dos brasileiros, o Flu fará uma longa pausa na competição continental e só volta jogar no próximo dia 23, quando recebe o próprio América, no Engenhão. Antes, fará quatro jogos pela Taça Rio. Tempo para, quem sabe, arrumar a casa e retomar a engrenagem do fim do ano passado.

FLUMINENSE ENCURRALADO

Outra vez, o técnico Muricy Ramalho optou pela formação com três zagueiros. Foi o que evitou que o Fluminense descesse para o vestiário em desvantagem no placar. Com mais de 60% de posse de bola durante os primeiros 45 minutos, o América encurralou os brasileiros em seu campo de defesa. Nesse tempo, levantou 15 bolas na área, todas bem interceptadas pelas "torres" Gum, Digão e Leandro Euzébio. No único vacilo, Oliveira cabeceou na trave; o jogador, no entanto, estava em posição irregular.

A partir do meio de campo, começaram os problemas do Tricolor. Com os dois volantes (Diguinho e Valencia) sobrecarregados na marcação de Oliveira e Montenegro, Conca ficou como único homem de ligação para o atacante Rafael Moura, que, assim como na partida anterior, ficou isolado na frente.

Tartá, surpresa de Muricy na escalação, até procurou espaços para auxiliar Rafael Moura, mas, a certo momento, passou a se preocupar mais na contenção dos laterais adversários do que na armação.

Já os alas tricolores, peças fundamentais na estratégia de contra-ataque montada por Muricy, começaram bem, com boas subidas pela linha de fundo; principalmente com Carlinhos na esquerda. Mas, em poucos minutos, sentiram a altitude, o que comprometeu as saídas rápidas do time.

Ainda assim, a melhor chance da primeira etapa pertenceu à equipe brasileira. Aos 10 minutos, jogada pela direita com Tartá. O camisa 24 cruzou para Diguinho, que chutou de primeira; a bola desviou na defesa e sobrou para o He-Man finalizar, mas o goleiro Ochoa praticou um milagre no Azteca.

Do lado mexicano, os chutes de fora da área eram a melhor opção. Montenegro e Oliveira, por três vezes, quase surpreenderam Berna; mas, em todas elas, a bola escapou caprichosamente por cima do gol.

MARQUES DESMONTA O FLU

Os ares do vestiário do Azteca fizeram bem ao Flu, que retornou à segunda etapa com fôlego renovado e partindo para cima. Os alas voltaram a ser presença no campo de ataque. Conca, Tartá e Rafael Moura se aproximaram e o gol começou a ficar mais maduro. E quase ele não aconteceu aos 11 minutos, com Rafael Moura, que, após levantamento de Mariano, finalizou de cabeça com perigo, à esquerda da meta de Ochoa.

Mas a pressão durou pouco. Após o lance do camisa 19, os anfitriões voltaram a assumir o controle. Para tentar furar o bom bloqueio da zaga tricolor, o técnico Reinoso colocou mais dois atacantes para fazer pressão na grande área. E a ousadia dos mexicanos não demorou a dar resultado.

Aos 25 minutos, o meia argentino Montenegro aproveitou a sobra de bola mau rebatida por Digão. Dominou e encontrou o atacante Daniel Marques, que, livre, só teve o trabalho de tocar na saída de Berna e deixar as 'Águias' em vantagem.

O gol provocou uma pane na equipe brasileira, que só não sofreu mais pelas boas defesas Berna e a falta de pontaria dos atacantes americanos. Nos minutos que se seguiram, o Flu praticamente assistiu ao adversário jogar. Até o apito final do árbitro Wilmar Roldán, que deixou o Tricolor em situação crítica na Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

AMÉRICA-MEX 1
Ochoa, Layun (Daniel Marques), Mosquera, Valenzuela e Oscar Rojas; Pardo (Reyna), Rosinei, Nicolás Oliveira (Martinez) e Montenegro; Vicente Sanchéz e Vuoso
Técnico: Carlos Reinoso.

FLUMINENSE 0
Ricardo Berna, Digão (Souza), Gum e Leandro Euzébio; Mariano, Valencia (Edinho), Diguinho, Conca (Araújo) e Carlinhos; Tartá e Rafael Moura
Técnico: Muricy Ramalho.

Data-Hora: 2/3/2011 - 22h (Brasília)
Local: Estádio Azteca, na Cidade do México (MEX)
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Auxiliares: Humberto Clavijo (COL) e Javier Camargo (COL)
Cartões Amarelos: Montenegro (AME); Diguinho, Edinho (FLU)
Gol: Daniel Marques, aos 25'/2ºT (AME)

LANCEPRESS!
Luiz Ackerman, Photocamera / 

Fluminense se complicou na Libertadores com a derrota no México
Foto:  Luiz Ackerman, Photocamera


A tabela da Copa Libertadores 2011
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