O Botafogo não jogou bem, mas foi com tudo para cima do River Plate-SE e mostrou empenho durante todo o jogo. No entanto, não foi suficiente, para conseguir os dois gols necessários para a classificação. Com isso, somente nos pênaltis, o Alvinegro conseguiu bater o River. Vitória sofrida e suada. No final, os jogadores foram em direção a Joel, abraçá-lo, homenageando o treinador.

Pressão desde o início

Com um Engenhão vazio, o Botafogo não tinha outra opção, senão pressionar o River desde o início. No entanto, o Glorioso insistiu na bola aérea, só que seu principal cabeceador, Loco Abreu não estava em campo. Quando tentava por baixo, chegava com mais perigo.

Aos cinco minutos, Herrera bateu de fora da área, com a perna esquerda, mas fraquinho, ficando fácil para o goleiro sergipano Max. Logo após, Herrera outra vez bateu fraco e o arqueiro do River pegou novamente.

O Botafogo tocava a bola no meio, mas esbarrava na forte marcação do River. O Alvinegro seguia na base do chuveirinho, o que deixava a situação mais fácil para o adversário. Até que Renato Cajá encontrou Caio, que limpou o zagueiro e bateu de fora da área uma bomba, que passou muito perto. Depois, Herrera, de dentro da área, girou e bateu de esquerda. A bola saiu fraca e facilitou a defesa de Max.

Pela equipe do Sergipe, Bebeto Oliveira, autor do gol da vitória no jogo de ida, arriscou de fora da área, livre de marcação, mas sem perigo. Daí em diante apenas a cabeçada de Bibi em cruzamento de Pedrinho ameaçaria o Botafogo. Para variar, Jefferson faria boa defesa.

Após isso, o Glorioso pressionou. Lucas chegou até a linha de fundo e cruzou para Caio desperdiçar em cabeceio. Depois, Cajá daria ótima cabeçada, para Max fazer uma verdadeira ponte. De tanto pressionar, o Botafogo fez em um gol contra e polêmico.

Aos 40 minutos, em bola alçada na área por Cajá, o goleiro Max tirou, mas o zagueiro Bebeto desviou para o gol. Entretanto, não deu para ver se ela realmente entrou. Para o árbitro, a bola passou a linha do gol e confirmou o 1 a 0 para Fogão. Antes que encerrase a primeira parte, Herrera perdeu gol praticamente sem goleiro, após chute cruzado de Lucas.

Placar fica no 1 a 0

Na segunda etapa, o Alvinegro foi desenfreadamente para frente. Everton teve boa oportunidade em chute na entrada da área, que bateu na trave. Em outro lance, Alex pegou a sobra e mandou uma bomba. A bola passou pertinho da trave esquerda do gol do River. As principais jogadas do Botafogo saíam do pé de Renato Cajá, que colocou Herrera de frente com o goleiro, mas o camisa 17 tentou driblar o goleiro e acabou errando. 

O técnico Joel Santana tentou colocar seu time mais à frente com Alex no lugar de Everton. O atacante perdeu chance de cabeça cara a cara com o goleiro Max, que fez um verdadeiro milagre.

A decisão foi então para os pênaltis. Após quatro anos, o Botafogo conseguiu voltar a vencer desta maneira. Márcio Rosário, Herrera, Antônio Carlos e Lucas converteram. No River, Bebeto Oliveira e Fábio Júnior bateram para fora.

A FICHA

BOTAFOGO (1)
Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Márcio Rosário e Marcio Azevedo (Alessandro); Rodrigo Mancha, Bruno, Everton (Alex) e Renato Cajá (Fabrício); Herrera e Caio. Técnico: Joel Santana.

RIVER PLATE-SE (0)
Max, Gláuber, Váldson, Bebeto e Pedro; Bruno Ramos (Lucas), Fernando Pilar, Wallace e Éder (Fábio Júnior); Bibi (Da Silva) e Bebeto Oliveira. Técnico: Ailton Silva.

Gol: Bebeto contra aos 40 minutos do 1º tempo
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Helberth Costa Andrade (MG)
Cartões amarelos: Antônio Carlos, Márcio Rosário, Bruno (BOT); Beveto Oliveira, Bruno Ramos, Beveto, Pedrinho (RIV)
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)