Longevidade está muito distante de ser a marca das ginastas. Cada vez mais precoces, dificilmente passam dos 25 anos em alto nível. Essa é só uma das barreiras que Daiane dos Santos, de 28, terá de superar para chegar aos seus objetivos.

A ginasta, que treina no Clube Pinheiros, em São Paulo, conta com a desconfiança até mesmo de quem acompanhou grande parte de sua carreira. Em entrevista recente, Georgette Vidor, coordenadora técnica da Seleção de ginástica, disse não acreditar em um retorno de Daiane ao time principal do país. O que em nada a intimida.

– Nunca deixei de trabalhar duro. A declaração dela é porque não viu meus treinos, não viu como eu estou. O que eu viso é a volta para a Seleção Brasileira – rebateu Daiane, que no período em que ficou afastada foi flagrada no antidoping e recebeu cinco meses de gancho.

Este é o último ciclo olímpico de Daiane. Caso consiga o retorno à seleção, Londres será o ponto final de sua trajetória esportiva. Próxima dos 30 anos, a ex-campeã mundial no solo tem outros planos.

– Londres é minha última. Vou abrir mão de treinar, pois quero ir para a área de treinadora. No ano passado, me formei em Educação Física, e quero seguir nisso – disse.

Sua condição física também é um empecilho, já que Daiane acumulou lesões nos últimos anos. Ela diz estar totalmente recuperada. E tem de estar já que, no próximo mês (ainda sem data definida), está prevista a avaliação da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) para definir quais atletas podem integrar o time verde-amarelo.