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 | 22/02/2011 10h20min

Márcio Chagas cita em relatório cusparadas da torcida do Juventude no Jaconi

Árbitro descreveu os fatos ocorridos no jogo contra o São José-PoA

Adão Júnior  |  adao.junior@pioneiro.com

Além da derrota para o São José-PoA, sábado, no Alfredo Jaconi, e a eliminação na Taça Piratini, o Juventude ganhou outro problema. O árbitro Márcio Chagas da Silva relatou na súmula a paralisação do jogo aos 40 minutos do segundo tempo, pelas cusparadas de alguns torcedores da geral no bandeirinha Paulo Ricardo Conceição e em alguns atletas do Zequinha.

Se o assunto parar no tribunal da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), o clube corre o risco de perder o mando de campo em algumas partidas do Estadual, como ocorreu em 2009 pela Série B do Brasileiro.

— Contra o Juventude isso sempre repercute. Em outros estádios, já vi objetos contundentes serem arremessados no gramado e nada aconteceu. Vamos aguardar para ver o que vai dar — declarou o presidente do Juventude, Milton Scola.

A situação agravante é que o clube é reincidente. Em 8 de abril de 2009, contra o Vitória, pela Copa do Brasil, alguns torcedores cuspiram no assistente Bruno Boschilia. No mês seguinte, dia 23 de maio, as cusparadas voltaram, dessa vez contra o bandeirinha Ricardo Almeida, no jogo contra o ABC, pela Série B.

No primeiro caso, o clube foi a julgamento e acabou absolvido. No segundo, cumpriu dois jogos de gancho automático e precisou enfrentar Bragantino e Vila Nova-GO no estádio da Ulbra, em Canoas. Acabou absolvido depois em segunda instância no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Na ocasião, José Antonio Boff, então vice-presidente de patrimônio, mandou instalar uma proteção de vidro e uma cerca de arames com lâminas cortantes para os jogos subsequentes. No final daquele ano, os aparatos foram retirados.

— Sou contra a qualquer proteção. Quanto mais se protege, mais os torcedores fazem. Tem é que cobrar consciência da torcida. Na Inglaterra, não há nem tela — justificou Scola, que assumiu a presidência em janeiro de 2010 e não quis mais saber de vidro ou arame.

O relatório do árbitro:

"A partida foi paralisada aos 85 minutos, pois o Árbitro Assistente n°2, Paulo Ricardo S. Conceição, informou-me que estava recebendo cusparadas de alguns torcedores do EC Juventude localizados na arquibancada Geral. Novamente aos 90 minutos (acréscimos), a partida foi paralisada, pois alguns torcedores do EC Juventude localizados na mesma arquibancada acima mencionada, estavam dando cusparadas nos atletas do EC São José, quando os mesmos tentavam cobrar o arremesso lateral. Nas duas oportunidades, o policiamento foi chamado para controlar a situação e para a partida poder ter continuidade."

 
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