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Esportes  | 19/02/2011 11h11min

Após cobrança de Renato, Grêmio se mobiliza para evitar "passeio"

Jogadores foram criticados pelo técnico após a derrota para Novo Hamburgo

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br

A primeira e única derrota do Grêmio na temporada não passou despercebida por Renato. Ainda no Estádio do Vale, espremido contra o banner de publicidade, o técnico criticou a postura dos jogadores em campo, após o 2 a 0 do Novo Hamburgo, no último domingo. Segundo ele, "a nossa equipe veio para passear". Intimados, os atletas gremistas agora projetam uma postura de Libertadores dentro do Gauchão. A chance para colocar a mudança em prática chega neste domingo, contra o Ypiranga, pelas quartas de final da Taça Piratini.

Apesar da acidez na fala do comandante, o grupo de atletas recebeu de maneira positiva a provocação. O discurso franco e certeiro de Renato, inclusive, é uma prática comum no vestiário. Lúcio engrossa o coro e aprova a intervenção. Para o lateral, a crítica se faz necessária, mesmo com o clube vivendo um bom momento. O medo maior que ronda o Olímpico se chama acomodação.

— A crítica não pode vir quando o barco já está cheio d'água — compara o lateral. — O grande defeito do ser humano é achar que está sempre bem. E a mensagem do Renato é esta: não pode se acomodar.

Um dos jogadores que não estiveram na derrota para o Novo Hamburgo, Gabriel fala pelo grupo e rechaça uma reedição do "passeio". O lateral, que se constitui numa das lideranças do elenco, desta vez quer jogar para apagar a má impressão do domingo passado.

— Domingo, não tem passeio, nem turismo, vamos sempre buscar o resultado em campo — promete.

O dilema Libertadores versus Gauchão já foi enfrentado pelo clube em 2009. A experiência mostrou que um grande desempenho na taça continental é insuficiente para garantir sossego. Na ocasião, derrotas sucessivas em Gre-Nais derrubaram o técnico Celso Roth, a despeito de sua campanha de ponta na América, quando era líder absoluto de seu grupo.

Para evitar qualquer desleixo com a competição estadual, o grupo encara o desafio diante do Ypiranga como uma continuação da própria Libertadores. Enfileirar vitórias, independentemente do campeonato, alivia o ambiente e traz mais motivação, entendem os jogadores.

— Uma competição motiva a outra. O foco é o jogo de domingo, e ele já vai servir para a Colômbia (na quinta-feira, contra o Junior, de Barranquilla) — teoriza Lúcio. — Estar sempre vencendo ajuda você a ter um bom ambiente. Você vem trabalhar com mais empenho, o ambiente fica mais leve. E não queremos perder isso.

Toda essa mobilização pode sugerir o mesmo time da Libertadores no Gauchão. A ideia de Renato é colocar em campo o máximo de titulares possíveis no domingo, mesmo com mais um jogo para a Libertadores na quinta. Willian Magrão pode ganhar a vaga de Lúcio no meio-campo, caso a prevaleça a cautela pelo desconforto no joelho do lateral.

Uma possibilidade de time é: Victor; Gabriel, Paulão (Rafael Marques), Rodolfo e Gilson; Rochemback (Adilson), Carlos Alberto, Lúcio (Magrão) e Douglas; André Lima (Escudero) e Borges.

No sábado, ocorre o último treino antes do jogo. Os trabalhos acontecem no estádio Olímpico, às 16h.


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