A Federação Jamaicana de Futebol tomou uma decisão polêmica durante as Eliminatórias para o Mundial Sub-17 que acontecem no país. A delegação do Haiti foi excluída da competição por conta de um possível surto de cólera entre os jogadores. Eles foram isolados, de acordo com as autoridades da Jamaica.

— A decisão é discriminatória — disse Louissaint Elysée, médico do Haiti, à rádio local Metrópole.

Ele afirmou ainda que trata-se de malária, e não cólera. Segundo o médico, a doença não é contagiosa. No país, quatro mil pessoas já morreram por conta de cólera.

Três jogadores haitianos passaram mal após a derrota por 3 a 0 para a Costa Rica. A impressão inicial era de que o forte calor havia feito mal a eles, mas o técnico da seleção acabou internado também, sofrendo com os mesmos sintomas.

Julio Cadet, vice-presidente da Federação do Haiti, afirmou que os internados ficarão em quarentena, e que os outros membros da delegação, embora sem a doença constatada, estão isolados. Yves Jean Bart, presidente da federação haitiana, acusou os jamaicanos de preconceito. "É a primeira vez que um país é excluído de um Mundial por acharem que estão doentes", disse.