Com o pé direito. Assim foi a estreia de Roger como técnico do Grêmio. E, para melhorar, a vitória sobre o Inter foi de virada. O Gre-Nal 384, em Rivera, pelo Gauchão, terminou com o placar de 2 a 1 para o Tricolor. O estreante, no entanto, fez questão de atribuir boa parte do resultado positivo a Renato, que ficou em Porto Alegre passando orientações.

— Renato passava as alterações, sobre posicionamento, sobre como eles (jogadores) deveriam se recompor em campo. Ele me passou instruções constantemente — comentou Roger após o jogo.

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Mesmo sendo humilde e não deixando de dar os créditos ao treinador, Roger reconhece que seu trabalho à beira do campo contribuiu para a vitória.

— O planejamento foi feito em conjunto. O comandante principal é o Renato, mas durante os 90 minutos eu atuei com intensidade à beira do campo, posicionando, motivando os atletas, corrigindo equívocos. Me sinto parte importante desse contexto — avaliou.

Segundo Roger, a mudança da equipe no intervalo, com a saída de Vilson, gripado, foi orientação de Renato. Willian Magrão entrou no meio, Mário Fernandes foi deslocado para a zaga, enquanto Maylson foi para a lateral-direita. A partir disso a virada começou a ser construída.

— O primeiro tempo foi equilibrado, como todo clássico. Saímos atrás, voltamos para o intervalo com o problema do Vilson, que não estava se sentindo bem. O Renato optou por colocar o Magrão e redistribuir a equipe. Voltamos diferente, mas com a mesma intensidade e conseguimos a virada — comentou Roger.

Na primeira experiência como treinador, Roger saiu sem voz, mas muito satisfeito.

— Foi diferente, gostoso, perdi minha voz. É claro que, se surgir nova oportunidade, estarei à disposição para colaborar — resumiu.

Para encerrar, Roger contou o que Renato disse ao final do jogo, em contato telefônico.

— O Renato estava no hotel vendo o jogo, e quando terminou ele me deu os parabéns e pediu para eu transmitir o abraço aos atletas.