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Clima  | 17/01/2011 14h52min

Governo terá sistema de prevenção contra desastres

Sistema completo só deverá estar em total funcionamento dentro de quatro anos

O governo federal vai implementar um sistema nacional de prevenção e alerta contra desastres naturais a partir de um cruzamento de dados meteorológicos e um mapeamento das áreas de risco do país. O sistema completo, no entanto, só deverá estar em total funcionamento dentro de quatro anos. O País precisa, ainda, finalizar a identificação das áreas de risco e ampliar a cobertura de satélites, radares e equipamentos medidores de chuva.

Em reunião na manhã de hoje no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff determinou aos ministros presentes - Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional, Nelson Jobim, da Defesa, Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, José Eduardo Cardozo, da Justiça, Alexandre Padilha, da Saúde, e Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação da Presidência - que melhorem a capacidade de resposta nacional aos desastres naturais. De acordo com Mercadante, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recebeu há um mês um novo supercomputador que permitirá a diminuição das áreas climáticas mapeadas dos atuais 20 quilômetros quadrados para 5 quilômetros quadrados. Também terá a capacidade de acelerar cálculos e previsões de níveis de chuva.

No entanto, ainda não há o detalhamento das áreas de risco. Para isso será preciso mais satélites, radares e pluviômetros, um equipamento que mede a quantidade de chuvas. A intenção é ter uma rede totalmente integrada de radares, incluindo os hoje usados exclusivamente pela Aeronáutica.

O Brasil teria hoje 300 áreas sujeitas a inundações e 500 áreas de risco de deslizamentos onde moram cinco milhões de pessoas. Porém apenas Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina tem um detalhamento. Ainda assim, nenhum dos Estados brasileiros têm um sistema, mesmo que rudimentar, de alerta antecipado. Segundo Mercadante, o ideal é que o sistema consiga avisar as pessoas nessas regiões com uma antecedência de pelo menos seis horas.

— Não acabaria com as perdas materiais, mas reduziria ou acabaríamos com as vítimas — afirmou ele.

Na reunião ficou definido ainda que as Forças Armadas terão um papel maior na resposta aos desastres naturais, seja comandando as ações, seja em apoio aos Estados e municípios, como está acontecendo hoje no Rio de Janeiro.

— Em áreas isoladas, por exemplo, o Ministério da Defesa pode assumir o comando. O ministério tem capacidade de trabalho pronta. A participação deverá ser decidida caso a caso pela presidente da República — disse Jobim.

O governo admite que a capacidade de resposta atual da Defesa Civil nacional é bastante limitada. "A secretaria de Defesa Civil tem muito o que reestruturar. O sistema tem se revelado frágil, é uma realidade. Ninguém vai tapar o sol com a peneira. Temos que encarar a realidade e reagir", afirmou Bezerra.

>> Em especial, saiba mais sobre a
tragédia que assolou o Estado esta semana:

 

Agência Estado
 
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