Para reconquistar a Libertadores da América, o Grêmio aposta na mística dos outros dois títulos continentais. Tanto em 1983 quanto em 1995, estrangeiros tiveram papel fundamental nas campanhas.

Com esta estratégia em mente, a direção busca um jogador que fale a "língua da Libertadores". Sem estrangeiros no elenco, o Grêmio pensa em trazer um platino para a disputa da maior competição do clube em 2011.

Nos dois títulos da América, a equipe tinha em seu elenco atletas que falavam espanhol. Em 1983, ano do primeiro título, Hugo De León era o capitão do time. O zagueiro uruguaio ainda levantaria o título mundial no Japão, no final da temporada, diante do Hamburgo. Em 1995, na equipe de Felipão, uma dupla de paraguaios vestia a camisa tricolor. Arce era o lateral-direito responsável pelos cruzamentos para Jardel, enquanto Rivarola sustentava a zaga ao lado de Adílson.

– A tendência é a de contratar um argentino ou um uruguaio – afirmou César Cidade Dias, assessor do futebol tricolor.

A negociação com Coates, que já esteve praticamente definida, recuou. Alejandro González, defensor do Peñarol, foi oferecido, segundo informações da Rádio Gaúcha. Mas um outro uruguaio está na lista de possíveis reforços.

O zagueiro Maurício Victorino, que disputou a Copa do Mundo da África do Sul pelo Uruguai, pode ser essa contratação estrangeira. O jogador, de 28 anos, é sobrinho de um carrasco colorado. Em 1980, após empate em 0 a 0 no Beira-Rio, Waldemar Victorino foi o autor do gol que deu a Libertadores para o Nacional sobre o Inter, no Estádio Centenário.

Victorino, atualmente no Universidad de Chile, tem experiência na competição. Já disputou em três oportunidades pelo Nacional. Mas Cidade Dias não confirma a possível contratação do defensor.

– Há apenas uma sondagem. Mas nada que ainda tenha evoluído.

O Grêmio estreia na Pré-Libertadores dia 26 de janeiro diante do Liverpool, do Uruguai, em Montevidéu. A partida de volta está marcada o dia 2 de fevereiro. Caso vença a disputa, o time entra no Grupo 2, que conta ainda com Oriente Petrolero, da Bolívia, Junior Barranquilla, da Colômbia, e León de Huánuco, do Peru.