| 30/12/2010 03h10min
Custa 8 milhões de euros, ou R$ 17,6 milhões, o sonho do Grêmio de repatriar Ronaldinho. O recado foi dado ontem a Assis, irmão e procurador do jogador, por Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, durante encontro no Rio. O Grêmio, que projetava uma liberação gratuita, admite, a partir de agora, maiores dificuldades para fechar o negócio.
Os 8 milhões de euros são referentes ao que Ronaldinho ainda tem por receber do clube italiano até o encerramento de seu contrato, em junho de 2011. Seu salário gira em torno de R$ 1 milhão mensais. O Milan quer uma garantia de que o Grêmio efetuará o pagamento para evitar futura cobrança judicial. Assis revela o interesse de clubes da Inglaterra, Espanha, Estados Unidos pelo jogador. Para ele, o que se dispuser a cobrir a dívida entrará em vantagem na disputa. “Para Ronaldo sair, alguém precisará cumprir o que o Milan tem que pagar”, alerta.
Ainda sem ter recebido de Assis a informação oficial sobre a reunião com Galliani, o assessor de futebol César Cidade Dias reconhece que a obrigatoriedade do pagamento de 8 milhões de euros “dificulta muito” as tratativas. Cauteloso, o vice de futebol Antônio Vicente Martins recomenda “calma e prudência” antes de admitir que o Grêmio possa pagar para ter Ronaldinho outra vez.
Em férias em Punta Del Este, o presidente Paulo Odone diz que não entrará em debate sobre problemas relativos a Milan e Ronaldinho. “Se o Milan ainda tem pendências com o Ronaldinho, esse não é um problema meu. Estou em férias”, afirma.
No exercício da presidência durante o afastamento de Odone, Eduardo Antonini explica que as únicas questões tratadas até agora com Assis dizem respeito a salários e direito de imagem. O jogador teria um ganho fixo, estimado em R$ 300 mil, e outro variável, indexado ao que proporcionar de contratos publicitários para o clube. “Nossa conversa não incluiu nenhum valor adicional relativo à rescisão”, garante.
Assis não fixa um prazo o fim das negociações. Como Galliani não retornará à Itália antes de 4 de janeiro, o procurador optou por passar no Rio a virada do ano.
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