Notícias

 | 25/12/2010 21h06min

Diretores de marketing de Inter e Grêmio reforçam importância dos sócios

Receita do quadro social possibilita competir com times de RJ e SP

Clubes com o maior número de associados do Brasil, tanto Grêmio quanto Inter já traçam planos para aumentar ainda mais o tamanho de seus quadros sociais nos próximos anos. Foi o que revelaram neste sábado os diretores de marketing de cada clube em entrevista à Rádio Gaúcha.

Atualmente, os cerca de 106 mil sócios colorados e os 53 mil gremistas são os responsáveis pela segunda maior fonte de receitas de cada clube, só atrás da cota recebida da TV. É essa contribuição da torcida que faz a dupla Gre-Nal conseguir competir de igual para igual com times do eixo Rio-São Paulo, que contam com recursos muito superiores.

— Se nós não tivermos esse respaldo do sócio, temos é que torcer para que Flamengo e Corinthians demorem para se organizar nesse aspecto. Imagina se eles tivessem o mesmo percentual de sócios que Grêmio e Inter têm? Se Grêmio e Inter não tiverem esse respaldo do seu torcedor, o desequilibro econômico ser tornará cada vez maior — afirmou o novo diretor de marketing do Grêmio, Paulo César Verardi.

Para o diretor de marketing do Inter, Jorge Avancini, os sócios precisam ter consciência de sua importância para o clube e contribuírem sempre, mesmo quando o resultado dentro de campo não é dos melhores. O Inter enfrentou esse problema recentemente após a derrota no Mundial de Clubes, em Abu Dhabi. Decepcionados, muitos torcedores protestaram e ameaçaram não pagar mais mensalidades, o que não ajuda em nada.

— Temos que continuar crescendo, o sócio não pode ficar inadimplente quando o time perde, tem que seguir contribuindo. Ele não tem que deixar de pagar mensalidade. Pode protestar, ir no clube, mas não pode deixar de contribuir e se associar. Esse é o grande segredo do nosso sucesso hoje, não só para manter a equipe, como outros setores —  explicou Avancini.

Pela evolução dos dois clubes

Os dois diretores de marketing citaram a questão dos patrocínios durante o bate-papo na Rádio Gaúcha. Hoje, os uniformes da dupla Gre-Nal, por exemplo, contam com os mesmos patrocinadores. Banrisul, Tramontina, Unimed e Tim. O Grêmio chegou a fechar acordo com a Midea, marca de condicionadores de ar, mas ela não continuará para o ano que vem.

Avancini e Verardi não encontram problemas em uma empresa apoiar um dos times e o outro não. Muito se diz que tal marca poderia sofrer rejeição, mas eles não concordam e já se basearam em pesquisas sobre o assunto. 

— Esse processo tem que ser revertido, não tem comprovação nisso, não tem rejeição de torcedor em função de patrocínio — comentou Verardi. — Certa vez fizemos uma pesquisa, e o que tinha o índice um pouco maior (de rejeição) era a Parmalat no Palmeiras. E era um índice muito baixo — completou.

— Não conseguimos quebrar isso, temos que trabalhar juntos. Só a marca de material esportivo que não são as mesmas — lembrou Avancini.

Hoje, o uniforme colorado é da Reebok e o gremista, que era da Puma, passa a ser da Topper a partir do ano que vem.

Verardi ainda destacou um outro setor que ele acredita que precisa ser mais explorado: o dos ídolos. 

— O grande produto é futebol, os ídolos do seu time, esse é o maior produto. E se paga muito para ter isso, portanto tem que ser usado. Isso é um diferencial — apontou.

CLICESPORTES E RÁDIO GAÚCHA
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.